Ouvi em uma pregação que a vida cristã é um eterno recomeço. Na minha percepção, não é apenas a vida cristã, mas toda a vida.
Contudo, para aqueles que creem, o recomeço tem um sabor diferente, uma força impetuosa, um vento leve ao mesmo tempo poderoso que penetra no fundo da alma. Transforma.
O choque da ressurreição.
“Mas, se sempre precisamos recomeçar, por que tentar de novo? Não seria melhor desistir de tantos recomeços?”. Que a isso possamos responder: não!
O que nos salva da vida é a vida. A Vida. A cada recomeço, o Artista vai completando Sua obra, e somos nós que precisamos deixá-Lo trabalhar.
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Teimosos. Apressados. Por vezes pintamos, esculpimos, fazemos tudo por conta própria. “Assim é mais rápido, então por que esperar tanto?”.
É na paciência que Deus completa Sua obra. Completa-nos. Algo que soa tão belo, mas é desafiador colocar em prática. De-sa-fi-a-(dor), não impossível.
A Ressurreição de Jesus devolve a feliz esperança – aquela que não é a última a morrer, aquela que Ele dá não morre – de que também nós podemos ressuscitar. Das marcas, das tristezas, das incompreensões, da morte. Por suas feridas fomos curados. Ressuscitados. Hoje.
Parafraseando C. S. Lewis, o hoje é o ponto no qual o tempo toca a eternidade e o Ressuscitado vem nos visitar. Hoje.
Um toque. O choque. O sim. E tudo muda. De novo e de novo.
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