Foram 95 anos de uma vida dedicada à Igreja. Bento XVI passou seus últimos nove anos em um estilo de vida mais contemplativo no mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, onde se recolheu após sua renúncia em 2013. Nove anos vividos em oração e retiro.
Neste período, Bento XVI levava uma vida discreta, sem dimensão pública. Passava seus dias envolvido em atividades de oração, leitura e diálogo com pessoas que queriam visita-lo. Uma de suas raras saídas ao longo desses anos de retiro foi em 2020 quando viajou a Regensburg (Alemanha) para visitar seu irmão Georg Ratzinger, de 96 anos. Poucos dias depois, Georg faleceu.
Humilde operário da vinha do Senhor
Eleito bispo de Roma em 19 de abril de 2005, Joseph Ratzinger declarou: “sou um humilde operário da vinha do Senhor”. Em agosto daquele mesmo ano presidiu sua primeira Jornada Mundial da Juventude, em sua terra natal, Colônia (Alemanha). Esta foi sua primeira viagem pontifícia ao seu país.
Em 2007, visitou o Brasil por ocasião da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe. A viagem contemplou a canonização do primeiro santo brasileiro, Frei Galvão.
Legado
Ao longo dos seus oito anos de pontificado, Bento XVI convocou cinco Sínodos de Bispos e dedicou três anos especiais: Paulino, Sacerdotal e da Fé. O Pontífice criou 90 cardeais e canonizou 44 santos.
Sua contribuição teológica foi um dos principais legados deixados. Escreveu três encíclicas: “Deus caritas est”, “Spe salvi” e “Caritas in veritate”. E também terminou a trilogia “Jesus de Nazaré” durante seu pontificado, em que conta a vida de Jesus: sua infância, ação pública e morte e ressureição.