Formação

Um homem que Parte vestido de branco por mil países – Gocce

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“Un uomo che parte, vestito di bianco, per mille paesi e non sembra mai sanco, ma dentro i suoi occhi um dolore profondo: vedere il cammino diverso del mondo, la guerra e la gente che cambia il suo cuore, la verità che muore.”

“Um homem que parte, vestido de branco, por mil países e jamais parece cansado, mas dentro de seus olhos uma dor profunda: ver o caminho diverso do mundo, a guerra e as pessoas que mudam seu coração, a verdade que morre.”

Com esta canção, Amedeo Minghi homenageou o Santo Padre, o Homem de Branco, por ocasião dos seus vinte anos de pontificado. Neste outubro, serão 25 anos. Mais cinco anos de vitória, desafiando todo prognóstico, vencendo a doença, a idade, a morte, a preocupação, os desafios, a dor profunda de ver o mundo tomando o caminho da guerra e da mentira.
O segredo deste homem de branco? A oração, o amor, a coragem que nasce do amor. A oração de três horas diárias, incluindo o rosário, sua oração preferida, aumentada por ele em cinco mistérios, pois o mundo, consagrado a Maria, precisa de oração, o Papa, consagrado a Maria, precisa de muita, muita oração.

Da oração, nasce o amor. O Homem de Branco sabe e ensina que o amor não tem outra fonte, outra origem, senão Deus e, de Deus, bebe-se na oração. Sim, o amor do Homem de Branco, nasce da oração e a ela leva.

É lá, aos pés do altar, que ele apresenta a Deus, como um novo Moisés, o povo que mudou o coração e escolheu matar a verdade. É lá, aos pés do altar, que o amor nasce de Deus e, passando pelo irmão, pelo rebanho, volta a Deus em forma de súplica.

Desta oração, nasce o amor. Deste amor, nasce a coragem. Coragem de reafirmar a fé da Igreja, coragem de confirmar seus valores morais, ainda que ninguém deseje aceitá-los, ainda que o chamem de retrógrado, conservador. Na oração, ele aprende que o que é, é. A verdade é a verdade, e pronto. Qualquer pequeno afastamento do que verdadeiramente é já passa a ser mentira, já é entrada para a morte da verdade.

A coragem que nasce do amor, prega a liberdade com responsabilidade, prega a justiça com caridade, prega a comunhão de bens, defende o valor de todo homem, de cada homem. A coragem que nasce do amor sorvido na oração envia delegados para construir a paz quando esta parece impossível, no Iraque, na África, em Israel, na Palestina.

A coragem de viver e pregar o Evangelho em sua radicalidade nasce do amor contemplado na oração e reúne jovens e famílias aos milhões. Reúne comunidades aos milhares. O que vêem os jovens, o que vêem as famílias, o que vêem os consagrados, o que vêem os políticos, os homens e mulheres do terceiro milênio neste homem curvado, que não mais contém a saliva, que não mais controla seus gestos, que não mais expressa no rosto a dor e alegria que o mantêm de pé? O que tem a mais este Homem de Branco que prega no deserto do terceiro milênio como um eco de João Batista? O que buscam nele os homens deste novo milênio? O que vêem em seus olhos cujos mil brilhos o parkinson não roubou?
Santidade! Santidade! Santidade!

Entre as palavras e a santidade, optamos pela santidade. Entre a lógica das estratégias e a loucura da santidade, optamos pela santidade. Entre a prudência do planejamento e a ousadia da santidade, escolhemos a santidade. Entre a incoerência do egoísmo e a profunda coerência da santidade, é por esta que optamos. Santidade, eis o que vemos no Homem de Branco, eis o que nos atrai nele, eis o que ele colhe na oração, que suscita o amor, que gera a coragem. Santidade! O homem do terceiro milênio reconhece, respeita e venera a santidade do seu Papa, do seu Karol!

Vinte e cinco anos e o homem atlético, alpinista, desportista, transforma-se, de repente, na vítima que perdoa incondicionalmente seu algoz. Vinte e cinco anos e o Homem de Branco que se curva, a cada dia, olhos voltados para o chão,sob o peso da enfermidade, transforma-se no homem ereto, cuja visão alcança mais longe, mais claro. Vinte e cinco anos, nos quais vimos, pouco a pouco, a mão de Deus modelar, em bom e maleável barro, um santo. Santo nosso, santo do século XXI, santo humílimo, próximo, um jovem-avozinho-jovem da idade de todos, porque santo não tem idade.

“Va’, dolce grande uomo, va’. Va’, parla della libertá”.
Vai, doce grande homem, doce grande santo, vai! Vai, fala da Liberdade que é própria de quem ama. Deus te dê ainda muita força, muita coragem, muita disposição. Precisamos muito de ti! Precisamos de ti a cada dia que passa! Precisamos da tua voz, para saber por onde ir. Precisamos dos teus olhos para iluminarem nossa escuridão. Precisamos do teu cajado para sermos livres do perigo. Precisamos, sobretudo, daquela tua oração, que gera amor, que gera coragem, que gera santidade. Precisamos daquela tua oração que nos coloca diante do Bom Pastor, aquela tua oração que nos faz anunciadores, que nos enche de parresia, que nos une ao redor da mesa da Verdade, da mesa da Caridade!

Fica, doce grande homem, fica ainda conosco, fica, ainda, à frente da Igreja, à frente dos teus filhos, do teu rebanho, fica para a gente te contemplar, santo, e saber que ninguém carrega um peso igual ao teu e que, portanto, também para cada um de nós, é possível optar, decididamente, pela santidade.

Maria Emmir


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