Nosso Salvador foi às bodas – escreve São Cirilo de Alexandria – para santificar o princípio da geração humana que é a família. O casamento, a união entre o homem e a mulher, é onde os esposos se entregam e se acolhem de forma mútua em vista de um bem maior.
O Sacramento do Matrimônio se configura não somente em ter alguém para dividir o lar, os bens materiais, a rotina do dia-a-dia, mas também e, principalmente, dividir a vida. É permitir que o outro habite no coração, tenha posse e colha os frutos disso.
O amor consolidado se encontra na santificação diária do lar e do sentimento que é construído dia após dia. Santificando com amor, carinho, autenticidade, e assim criando um ambiente familiar harmônico onde duas pessoas de culturas, educações e histórias diferentes, unidos por um laço de amor, passam a dividir suas dores e alegrias, encontrando beleza nas diferenças que se complementam.
É preciso decidir permanecer! Diante disso, recordando o dia do meu casamento, em minha memória fica muito marcada a presença dos amigos, irmãos, familiares, a Igreja em união neste momento tão único que marcou o primeiro passo da minha vida matrimonial. Para permanecer, é preciso recordar o sentido que aquela noite tão bonita me trouxe. Olhar para trás e lembrar da missão de levar a minha esposa ao altar, buscar a oração e a Eucaristia diária ao lado dela, diante da promessa que fizemos de levar uma vida à luz de Cristo.
Somos seres frágeis, assim também nos deparamos com a fragilidade um do outro, mas diante disso, é possível encontrar sentido na firmeza que a indissolubilidade do matrimônio traz. Só aí é que o amor chega até o fim em estado de perfeição, conforme a graça de Deus.