A Semana do Papa foi marcada pela sua 45ª Viagem Apostólica, a mais longa de seu pontificado. Com o lema “fé, fraternidade e compaixão”, a visita de Francisco começou já na segunda-feira (02) quando embarcou para a Indonésia. Na sexta (06), o Pontífice seguiu para Papua-Nova Guiné, onde permanecerá até a próxima quarta (09). A viagem prevê ainda visitas a Timor Leste e Singapura. Veja a seguir alguns pontos fortes desta primeira semana.
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Fortes na fé, abertos na fraternidade e próximos na compaixão
Entre os compromissos oficiais de Francisco na Indonésia, o Papa reservou um momento especial com bispos, sacerdotes e consagrados. No encontro, realizado na manhã de quarta-feira (04), o Pontífice meditou sobre o lema desta visita apostólica: “fé, fraternidade e compaixão”.
“Não há um único centímetro do maravilhoso território indonésio, nem um único momento na vida de cada um dos seus milhões de habitantes que não seja dádiva sua, sinal do seu amor, gratuito e preveniente, de Pai. E olhar para tudo isto com os olhos humildes de filhos ajuda-nos a acreditar, a reconhecermo-nos pequenos e amados e a cultivarmos sentimentos de gratidão e responsabilidade”, disse, refletindo sobre a fé.
Sobre a fraternidade, o Pontífice destacou que ela é “valor caro à Igreja indonésia”. E pediu que todos busquem cultivá-la como profetas de comunhão. Já sobre o terceiro aspecto, Francisco lembrou que a compaixão exige despojamento, em vista de se inclinar ao outro e ergue-lo dando-lhe esperança.
“A compaixão não ofusca a visão real da vida; muito pelo contrário, à luz do amor, leva a ver melhor as coisas”.
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Lançar as redes do Evangelho
Na quinta (5), o Papa Francisco celebrou a primeira missa pública de sua viagem no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, na Indonésia. Francisco iniciou sua homilia, citando duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.
Lembrando o evangelho que diz por diversas vezes que a multidão se comprimia à volta de Jesus para “escutar a palavra de Deus”, o Papa afirmou que “o coração do homem está sempre à procura de uma verdade que possa aplacar e alimentar o seu desejo de felicidade”.
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“Perante o entontecimento e a vaidade das palavras humanas, faz falta a Palavra de Deus, a única que é bússola para o nosso caminho e é capaz de, no meio de tantas feridas e perplexidades, nos reconduzir ao verdadeiro sentido da vida”.
Porém, a Palavra de Deus precisa ser encarnada em cada um de nós. “A Palavra do Senhor não pode permanecer uma linda ideia abstrata ou suscitar apenas a emoção de um momento; ela exige-nos que mudemos o olhar, que deixemos o coração transformar-se à imagem do coração de Cristo; ela nos chama a lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo, “correndo o risco” de viver o amor que Ele nos ensinou e viveu em primeiro lugar”.
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Visita a Papua-Nova Guiné
O Papa Francisco começou a segunda etapa da visita apostólica na sexta-feira (06), quando aterrissou em Papua-Nova Guiné. O Pontífice permanecerá no país até a próxima quarta (09). Entre os compromissos oficiais, Francisco terá encontros com autoridades do país, com duas entidades que cuidam de crianças com deficiências e em situação de vulnerabilidade e com os bispos de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, sacerdotes e religiosos.
Os católicos em Papua-Nova Guiné representam hoje 31% da população, de maioria protestante. Trata-se de uma comunidade católica rica em missionários, vários dos quais são argentinos, e grande parte do clero e dos religiosos são agora indígenas.