Vivenciando o luto: rompimento de um forte vínculo afetivo

Todo ser humano, em algum momento de sua vida, sofre pelo menos um tipo de perda. A morte de alguém especial e importante é a mais comum delas, mas também existem outras perdas, como divórcio, amputação de um membro do corpo, perda da saúde, infertilidade, desaparecimento.

Diante dessa realidade que não é incomum à vida das pessoas, a Comunidade Católica Shalom realizou o curso Vivenciando o luto – rompimento de forte vínculo afetivo, no Centro de Evangelização da Asa Sul, na última terça-feira (24).

O evento contou com a presença da psicóloga Tânia Maria Borges, psicóloga clínica, especialista em psicoterapia do luto e com formação em logoterapia (abordagem teórico-prática da psicologia centrada sobre o sentido da vida). Várias pessoas participaram desse valioso momento de formação, que foi direcionado a quem está vivenciando o luto, convive com alguém que esteja passando por essa dor e interessados pelo assunto. Dentre os temas abordados que permeiam o estado do luto, foram destacados os tipos de lutos e seus respectivos processos.

O foco da palestra não foi apenas sobre o luto ligado à morte de uma pessoa, mas também outras espécies de luto, considerando o fato de que essa vivência é marcada pelo rompimento de um vínculo afetivo. Sendo assim, o luto pode ser experimentado diante de perdas que mexem intensamente com a afetividade do ser humano causando profunda dor e sofrimento.

O ponto de partida inicial foi centralizado na perda. É inevitável que o ser humano sofra diante do fato de não ter mais aquela pessoa ou aquela coisa que fez parte da sua vida. Mas esse estado não deve ser encarado como uma doença, é um processo que faz parte da dor de perder alguém ou algo importante em sua vida e que todos passam por isso. No entanto, o luto não é experimentado por todas as pessoas da mesma forma, há variações de pessoa para pessoa e de luto para luto.

Como o próprio nome do curso diz, o luto deve ser vivenciado, não evitado, permitindo assim que a pessoa encare essa realidade na vivência de seu sofrimento e que enxergue o sentido para tal.