Sempre fui festeira. Para mim, viver é uma festa. Convenhamos, é uma delícia celebrar a formatura de uma amiga que batalhou tanto até conseguir aquele título. Celebrar o amor, no casamento de amigos e familiares. Celebrar o dom da vida das pessoas que amamos, em uma festa de aniversário. Celebrar conquistas, a realização de sonhos, celebrar as pessoas, celebrar a vida por si mesma.
Ainda hoje, não preciso exatamente de motivos concretos para festejar. Se bem que, com o tempo, revisitei o que chamo de “festa”. Vez ou outra, alguns amigos aparecem por aqui com petiscos ou descobrimos um novo pub com música ao vivo e ainda me surpreendo com o quanto esses programas simples fazem um festival em meu coração. Festa, por aqui, é sentir essas faíscas de alegria verdadeira dentro da gente.
Nem sempre foi assim. Houve um tempo em que andei como que vagando de festa em festa em busca de felicidade. Se a alegria de um sábado à noite estava fora de casa, eu desejava estar lá, onde todos estavam. As pessoas felizes. As pessoas que sabiam se divertir. Durante um ano, marquei presença em todas as micaretas da cidade, festivais de música eletrônica, e na festa do peão de Barretos. Do axé ao techno ao sertanejo, o que importava era “ser feliz”.
Meu choque de realidade aconteceu num dia em que escutei “boate azul” numa balada ribeirão-pretana. Primeiro, notei que não me sentia feliz. Depois, que ninguém ao redor parecia estar realmente feliz. Para início de conversa, a galera levou muitas horas até começar a interagir e a sorrir – o que só aconteceu depois de muito investimento em bebidas. Sorrisos sem brilho nos olhos, sem verdade.
Quando tocou a famosa canção, o cenário ficou realmente estranho: vi corações partidos, vi tristeza, vi pessoas tentando superar alguma frustração, e vi que muitos desejavam o prazer a qualquer custo, desde que não terminassem a noite sozinhos. E naquele momento, mesmo sem saber o que eu queria, eu soube o que definitivamente não queria: Fazer do meu corpo um analgésico para o sofrimento amoroso alheio. Um mero instrumento. Emprestar-me para satisfazer instintos sexuais. Ou, até eu mesma, de modo nem tão consciente, utilizar um desconhecido para minhas próprias compensações afetivas.
Às vezes, saber o que a gente não quer, é o primeiro passo pra começar a se encontrar. Então, a essas propostas de festas, eu nunca mais voltei. Hoje tenho para mim que quando uma pessoa está realmente empenhada em buscar a felicidade, ela está na verdade buscando a Deus. E agora que o carnaval está chegando, meus amigos até sabem: o que faz meu coração vibrar é ajudar na organização de retiros. Seja na faxina dos banheiros, seja na formação de jovens. Onde precisar.
As pessoas mais próximas também acham essa escolha um tanto esquisita e talvez a maioria nunca entenda. No entanto, reconhecem um fato inegável: Eu encontrei o que tanto buscava.
E nunca fui tão feliz!
Um convite: retiro de Carnaval “Reviver”/ “Renascer”
Por uma alegria que não termine na quarta-feira de cinzas
A Comunidade Católica Shalom realiza o retiro de carnaval Reviver/ Renascer em mais de 50 locais no Brasil, com o tema “Cristo é a nossa Paz”, para quem quer viver uma experiência com o amor de Deus. A missão São Paulo apresenta uma programação completa em três pontos diferentes da capital paulista, de 3 a 5 de março. A entrada é gratuita.
Confira os locais dos retiros:
Tatuapé: Colégio Agostiniano Mendel
(Rua Pe. Estavao Pernet, 620).
Santana: Paróquia Nossa Senhora da Anunciação
(Rua Conego Luis Gonzaga Biazi, 193)
Parque Taipas: Comunidade São Pio (CJ)
Rua Barra da Buriquioca, 40.
Confira os locais dos retiros em todo o Brasil
Confira locais em que o Renascer/Reviver acontece durante o Carnaval 2019