“É aí que se manifesta o desígnio de Deus para a nossa vocação. Em um mundo marcado pelo pecado, que errou bastante acerca do conhecimento de Deus, onde reinam tantos males, o ocultismo, a não conservação da pureza nem na vida, nem no matrimônio, a impureza, o adultério, sangue, crime, roubo, fraude, corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento da gratidão, impureza das almas, inversão sexual, desordens no casamento, despudor e etc, e ainda se diz em paz; o Senhor nos chama a sermos anunciadores da Sua Paz, a vivermos e proclamarmos a Sua Paz. A levarmos com a nossa vida, com a nossa palavra e com o nosso testemunho, o Shalom de Deus aos corações; a sermos instrumentos de reconciliação do mundo com Deus; a anunciarmos com todo o nosso coração, com todas as nossas forças a salvação de Jesus Cristo e o Seu Evangelho” (RVSh, 359).
Como um transbordar de sua ação amorosa e misericordiosa em nossa vida, “o Senhor nos confiou uma Obra multiforme que se desenvolve e penetra no campo ao qual o Senhor nos convidar e em que a Igreja nos confirmar, abraçando todo o chamado evangelizador da Igreja com novo ardor e criatividade. Por meio da experiência do Espírito animamos grupos de oração e realizamos ações evangelizadoras diversificadas. Fazemo-nos presentes no meio da juventude, das famílias, das crianças, dos pobres, nos meios de comunicação, nas artes, nas obras de misericórdia junto aos que sofrem, no mundo do trabalho e da ciência. Criamos e administramos centros de evangelização, de formação, de espiritualidade, de educação, de artes, de cultura, de comunicação e de promoção humana. Estamos sempre abertos a quaisquer apostolados que o Senhor nos inspire, realizados sempre de acordo com o espírito que o Senhor nos chamou a viver. O conjunto desta ação evangelizadora e os seus frutos compõem o que chamamos de Obra Shalom” (ECCSh, 17).
Toda esta Companhia de Pesca é assumida por nós, membros da Comunidade de Vida e Aliança, e pelos demais participantes da Obra, pois nos sentimos profundamente responsáveis por ela, os reais e efetivos artífices de sua construção, conscientes que somos de que sem a nossa participação a Obra estará incompleta. Por esta razão investimos o máximo possível do nosso tempo e esforço nela, pois nos sentimos como verdadeiros profissionais do Reino como forma de gratidão, louvor e amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, que tudo fez por nós e para nossa salvação.
A Evangelização
Experimentamos a grande maravilha que é o encontro pessoal com Jesus Cristo ressuscitado, e sempre sentimos como apelo forte de Deus a necessidade urgente de anunciá-lo a todas as criaturas, por isso fizemos nossas as palavras de São Paulo: Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não evangelizar! (1Cor 9,16).
“Evangelizar para nós é, no poder do Espírito e com o auxílio dos seus carismas, anunciar Cristo, o Ressuscitado que passou pela cruz. O anúncio de Jesus Cristo e a formação dos filhos de Deus, para serem testemunhas na Igreja e, como Igreja, no mundo é a base de toda a nossa evangelização” (ECCSh, 10).
Este processo implica primeiramente no anúncio do kerigma feito através de novos meios e novas expressões, que compreendem abordagem pessoal, grandes eventos, retiros de despertar, acampamentos, meios de comunicação, dentre outros. Implica, em segundo lugar, em tomar pela mão aquele que chega, em assumi-lo e inseri-lo em um grupo de oração para que cresça na caridade de Cristo, na fraternidade e partilha, na oração, na vivência sacramental e no amor a Nossa Senhora. Em terceiro lugar, implica em formá-lo na fé e na vivência concreta do Evangelho, segundo o ensinamento do Magistério da Igreja. Implica, finalmente, em engajá-lo fortemente no serviço à Igreja e aos irmãos. Isso sem nunca abandonar a caminhada no grupo de oração, onde se busca viver a realidade das primeiras comunidades cristãs, conforme narrado em Atos, para que perseverem na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações.
Os Jovens
“Nascida no meio dos jovens, a Comunidade tem para com eles um amor e dedicação especiais. Em sua múltipla ação evangelizadora sempre os tem presentes. Sem descuidar de outras dimensões do apostolado, dedica um carinho especial ao acolhimento e apostolado da juventude. Na grande tarefa da evangelização dos jovens, a Comunidade apresenta Santa Teresinha do Menino Jesus como um modelo de santidade e sabedoria e a tem como intercessora fiel nesta missão” (ECCSh, 18).
Os jovens, para nós, são a grande força de apostolado. Através do seu testemunho, fidelidade e serviço, o nome de Jesus tem sido levado às escolas e universidades, aos ambientes de esporte e lazer da maneira que somente eles poderiam fazer. Assumem setores de grande responsabilidade e neles se deposita grande confiança. A palavra de São Paulo a Timóteo: ninguém te despreze por seres jovem (1Tm 4,12a), é levada a sério não só pelos jovens, como também pelos adultos da Obra e da Comunidade.
Os Pobres
“Para acolhermos em nossas vidas o dom da Paz e comunicá-lo ao mundo, é necessário que sejamos instrumentos do consolo e da compaixão de Deus para com os que sofrem a ausência do pão espiritual e material” (ECCSh, 19).
Seguindo os ensinamentos da Igreja, entendemos que o verdadeiro serviço aos pobres nasce da partilha concreta de nossa vida e de nossos bens. Buscamos ir aos pobres como servos seus, reconhecendo em cada um a pessoa de Jesus Cristo, anunciando-lhes o Evangelho e acolhendo a imensa riqueza da qual são portadores.
Form 2002