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Uma desconhecida no ônibus me apresentou o que eu tanto buscava

A Vocação Shalom é um Tesouro escondido que eu encontrei, e pelo qual valeu a pena tudo que já deixei para conquistá-lo.

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Foto: Unsplash

Olá! Meu nome é Jurayna, sou postulante da Comunidade de Aliança, da melhor missão da Comunidade Católica Shalom, a missão de Imperatriz – MA. Vocês também puxam sardinha para brasa de vocês que eu sei!

Eu costumo dizer que a Vocação Shalom para mim é como um tesouro escondido. Em 2013 eu estava no último ano da faculdade e possuía um anseio no meu coração: encontrar a minha vocação. Tinha dito a Deus que terminando a faculdade que eu fiz toda conciliando com o meu trabalho, e era uma rotina bem animada, eu iria dedicar mais tempo nessa busca.

Claro que esse pensamento era fruto de falta de discernimento, quando a gente ainda é muito jovem e não aprendeu bem as coisas, e tudo bem. Cada coisa no seu tempo.

A inquietação pela vida missionária

Eu fui aquela típica pessoa que graças a Deus nasci num lar católico, minha mãe me levava desde sempre para Igreja. Mas até ter minha experiência pessoal com Jesus aos 13 anos de idade, eu ia pra Igreja só obrigada mesmo.

Depois dessa experiência em um Seminário de Vida no Espírito Santo da Renovação Carismática Católica (RCC), eu passei a participar de um grupo de oração jovem, e pronto, tudo tinha mudado, não fora, mas dentro de mim.

E estava como quando a gente se apaixona e quer ficar falando 24 horas com a pessoa. Queria fazer tudo no grupo de oração, e saia da escola correndo para ir à Igreja. Realmente algo tinha mudado.

Então, a partir daí, servi durante 10 anos em grupos da RCC. Até o dia que em um encontro dos encontros da Renovação, onde recebemos um pregador de fora, o Juninho, não sei se ele ainda exerce o ministério de pregação, mas na época ele era um pregador famoso. Mas ele não tinha só fama não, nele realmente vi um amigo de Deus, alguém que transbordava uma intimidade com Jesus, um amor.

Nesse encontro, tive pela primeira vez uma inquietação no meu coração, e um desejo que atualmente vai se saciando dia a dia, porque eu sei que a plenitude total será só no céu. Foi a inquietação pela vida missionária. Eu sabia o que era isso? Claro que não.

Era a primeira vez que ouvia falar disso, da boca daquele pregador que era a voz do próprio Deus naquela ocasião. Eu queria ser missionária! Queria dar a vida para que outras pessoas conhecessem esse Deus amigo, esse Deus que é vivo e é uma pessoa e tinha mudado minha vida.

Junto ao desejo de ser missionária, juntou-se depois o desejo de encontrar a minha vocação. Vocação? Santidade?

Mas isso não são coisas só aos padres e às freiras? Mas eu quero me casar! Então ferrou. Eu pensava assim, até receber a indicação de um livro de Santa Teresinha do Menino Jesus, essa santa mudou minha mentalidade. Mal sabia eu que anos depois da leitura desse livro eu seria parte de uma juventude que tem ela por padroeira, a Juventude Shalom.

Encontrei uma desconhecida no ônibus

Nesses desejos atuais de missão, vocação e santidade, comecei a buscar várias comunidades novas, instituições religiosas, e eu que não pensava na vida religiosa, até pensei em ser carmelita de tanto que me apaixonei pela tal da Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Achei que era essa minha vocação. Achei errado.

Fiz vocacional pra ser religiosa, fiz experiência com outras comunidades novas, mas em nenhuma delas encontrei como diz a música do Shalom “o que eu tanto buscava”.

Foi aí que voltando para 2013, o ano que citei no início, encontrei uma desconhecida no ônibus e começamos a conversar, por culpa minha claro que comecei a puxar assunto, ou melhor, por culpa de Deus que tinha muitos planos a partir daquela conversa.

Ela me falou de uma Comunidade Católica Shalom. E esse papo rendeu muito, mas rendeu tanto que ela acabou me levando para o encontro vocacional do Shalom. Hoje somos amigas. Obrigada, Luana!

Lembra que estava buscando a vocação? Então, no caminho para o vocacional do Shalom, uma comunidade que jamais tinha passado pela minha cabeça fazer parte, por esse motivo falo que é um Tesouro Escondido que eu encontrei, e pelo qual valeu a pena tudo que já deixei para conquistá-lo.

Nunca pensei em ser do Shalom

Eu nunca pensei em ser do Shalom, pensava na Canção Nova, Toca de Assis, Aliança de misericórdia, Fraternidade o Caminho, Sementes do Verbo (passei por essas e mais outras. Risos).

Mas, “Shalom? Tudo bem que Missionário Shalom e Davidson Silva são meus cantores preferidos, mas a comunidade deles não é só de músicos?” eu pensava.

Então, no caminho ao vocacional dessa comunidade até então desconhecida para mim, só sabia das músicas e dos músicos que não por acaso mexiam muito comigo, ia caminhando com uma pessoa que eu tinha acabado de conhecer no ônibus.

Eu dizia no meu coração para Deus: “Não conheço ninguém nesse lugar, tô indo fazer o quê lá? Mas o Senhor sabe, agora é minha última cartada, preciso saber qual minha vocação. Mas também se não for lá vou deixar quieto esse negócio de vocação”.

Eu falei isso aí para Deus com toda minha verdade, mas sem nenhuma grande pretensão. Como eu já tinha ido em muitos lugares, para mim essa tentativa era algo do tipo “vou pra não dizer que não tentei mais essa”.

Chegando lá, grande surpresa eu tive! Eu provei de algo nunca antes provado. De fato, chegando lá eu não conhecia ninguém, não tinha uma pessoa conhecida, ao não ser a quase desconhecida que me levou, a Luana. Porém, eram estranhamente todos familiares a mim.

Desde o primeiro momento da fraternidade até o almoço, que fui na casa do Gleidson e da Aline – irmãos da Obra que ajudaram a trazer o Shalom para Imperatriz – que pareciam ser um casal que eu conhecia a vida toda.

Eu me senti durante todo aquele encontro vocacional como se estivesse em um lugar que eu sempre tivesse feito parte, e como se aquelas pessoas todas fizessem parte da minha vida sem nunca terem feito parte antes.

Nesse encontro, Deus me fez encontrar “o que eu tanto buscava”. Eu encontrava nos vídeos que passaram do Victor Frota, do Moysés e da Emmir. Eu encontrava nas pessoas que estavam lá, encontrava na pregação da Tereza missionária que foi dar o encontro. Encontrei até no bolo de brigadeiro que o Victor – irmão de Comunidade – levou para o lanche. Em tudo Deus me fazia me sentir em casa.

Um caminho sempre novo

Mudei de cidade muitas vezes, circunstância essa que dentre outras, contribuíram para que eu fizesse 4 anos de vocacional, e um deles como jovem em missão. Após esse tempo de muitas graças e desafios, ingressei no Postulantado na Comunidade de Aliança. Como Comunidade de Aliança, na vivência cotidiana dos compromissos da Comunidade que livremente escolhi assumir, me sinto em paz e feliz.

E dia a dia com aquele desejo que já falei pra vocês, sendo saciado, em um caminho sempre novo, porque Deus é a eterna novidade e sempre vai nos fazendo viver coisas diferentes, mas também crescendo no conhecimento do Carisma Shalom, da Igreja, de Deus, e de mim mesma.

Esse caminho que os nossos Escritos tem toda razão de dizer “para aqueles que são chamados é um caminho de e para a felicidade” (sim gente, é verdade!), é um caminho para o céu, para vivermos nosso chamado primordial, que é a vocação à santidade, um caminho para Amar, com o Amor que não é sentimento, mas é fazer, entrega, é doação, oferta de vida. Oferta! Acharam que não ia ter essa palavra aqui? Eu também achei (risos).

Mas como ela me veio agora, acabo de entender que ela está intrínseca em nós. Ofertar. Perder pra ganhar. Não sei do amanhã, mas no hoje, eu sou muito feliz e grata por esse caminho que Deus me dá, e quero me dar sempre mais a Ele, me dando aos outros, não é fácil, mas vale a pena! É uma vida cheia de sentido.

Que Deus me conceda a graça de permanecer na vontade Dele.

Rezemos uns pelos outros! Shalom!


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