Geralmente, quando falamos sobre santidade, já é surpreendente encontrar mais de um santo na mesma família, como, por exemplo, os irmãos São Pedro e Santo André, São João e São Tiago, os gêmeos Santa Escolástica e São Bento, e São Cosme e São Damião. Mas também há pais e filhos, como Luís e Zélia Martin, pais de Santa Teresinha, Santa Mônica e Santo Agostinho e, surpreendentemente, o caso de Santa Emília de Cesaréia e seus cinco filhos santos: São Basílio – o Grande, Santa Macrina, São Pedro de Sebaste, São Gregório de Nissa e Santa Teosebia. Quanta fecundidade em uma mesma família!
Quando falamos sobre a família de Jesus, o Santo dos Santos, então, temos uma “categoria” de santos hors-concours: São José, a Virgem Maria, São João Batista, Sant’Ana, São Zacarias e Santa Isabel, cuja importância na economia da Salvação chega a ser incalculável, pois estamos falando “simplesmente” da avó, da santíssima mãe e do pai nutrício de Jesus Cristo, bem como, do Seu precursor e os pais deste.
Uma dinastia de santos
No entanto, há uma família húngara que bateu todos os recordes em número de membros santos e beatos: a casa de Árpád, dinastia fundada pelo príncipe de Árpád, no ano de 890. A própria Hungria teve sua origem, como um reino, com um dos descendentes dessa linhagem real, Santo Estêvão I, no ano 1.000, e foi governada por essa mesma família até 1301.
Nesse ínterim, a família dos reis sagrados, como ficou conhecida pela fama de santidade de seus membros, produziu grandes santos e beatos, dentre estes, alguns bem conhecidos entre os cristãos do mundo inteiro.
No total, foram dois reis santos: Santo Estêvão I e Santo Ladislau I, bem como, um santo príncipe, Santo Emérico. Além desses, há a rainha Santa Kinga da Polônia e três princesas, Santa Piroska, Santa Isabel e Santa Margarida. Há também o beato príncipe Coloman e as princesas beatas Yolanda da Polônia, Constança e Isabel da Hungria, a Virgem.
Dentre esses grandes santos e beatos, destacamos a pureza de Santo Emérico, filho de Santo Estêvão I e da bem-aventurada Gisela de Baviera (rainha consorte e irmã mais nova de Santo Henrique II), que foi educado em meio aos beneditinos e que teve como tutor outro santo, São Geraldo.
Frutos de santidade para o povo húngaro
Há fortes indícios de que Santo Emérico tenha vivido o seu matrimônio com uma princesa de origem bizantina em perfeita continência, por meio de um voto de castidade que ambos desejam fazer, a fim de manter a sua pureza virginal.
Vale dizer ainda que os reis santos da Hungria foram os responsáveis pelos tempos mais prósperos daquele reino, pois governavam não apenas com a sabedoria limitada deste mundo, mas sob o domínio e reverência ao Rei dos reis, Jesus Cristo. Desse modo, a semente do Evangelho espalhou-se eficazmente por toda aquela região, produzindo grandes frutos de santidade em meio ao povo húngaro, cuja fé permanece viva até hoje.
Diante de tantos testemunhos de famílias santas, peçamos ao Senhor a graça de que também as nossas famílias possam ser santificadas, a começar por cada um de nós, para que a graça do céu seja estabelecida em cada lar cristão de modo concreto e verdadeiro.
E agora a família Ulma também entrou para a lista!