O nome da pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann foi incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que fica no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. A lei foi sancionada no último dia 24 de abril.
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Indicada três vezes ao Prêmio Nobel da Paz, Zilda foi uma das fundadoras da Pastoral da Criança. A pediatra teve papel decisivo no combate à mortalidade infantil, ajudando a reverter a síndrome da morte súbita.
Zilda Arns nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina, no dia 25 de agosto de 1934, filha de Gabriel Arns e Helena Steinar Arns e irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. A pediatra e sanitarista, formada pela Universidade Federal do Paraná, mudou o retrato da desnutrição infantil no Brasil, praticamente reinventando o trabalho voluntário no Brasil.
Zilda teve forte atuação no combate à mortalidade infantil
Em 2009, uma campanha liderada pela Pastoral da Criança ensinou os pais sobre a necessidade de colocar o bebê para dormir de barriga para cima, já que evidências mostravam que essa é a posição mais segura.
Zilda trabalhou junto a comunidades e treinou voluntários para ensinar mães de crianças em situação de vulnerabilidade a usar o soro caseiro, que combate a diarreia e a desidratação. Com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as ações alcançaram 72% do território nacional.
Fundação da Pastoral da Pessoa Idosa
Zilda Arns também fundou a Pastoral da Pessoa Idosa em 2004 e capacitou líderes comunitários para auxiliar idosos a controlar vacinas, evitar acidentes em residências e identificar possíveis doenças físicas e emocionais. O projeto atende hoje mais de 100 mil idosos em 579 municípios do país.
A pediatra morreu em missão de paz no Haiti, em 12 de janeiro de 2010, aos 75 anos. Após um forte terremoto na capital Porto Príncipe, a brasileira acabou atingida pelos escombros no desabamento do teto de uma igreja onde fazia uma palestra.
Com inf. Agência Brasil