A arquitetura marcada pelo Renascimento foi desenvolvida durante o período do Renascimento europeu, que teve início no século XIV e permaneceu até o século XVI. Esse novo estilo estava afastado dos modelos medievais e da arquitetura gótica.
Esse momento de ruptura buscou inspiração nas artes clássicas (greco-romanas), fazendo surgir um estilo próprio e singular cujas principais características eram a retomada dos modelos clássicos, uma visão humanista e racionalista, o uso da matemática e da geometria, a busca da perfeição e da beleza, formas equilibradas e harmoniosas, temas religiosos, mitológicos e da natureza, o uso dos arcos, abóbadas, cúpulas e colunas e o predomínio das linhas horizontais.
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O Barroco
O Barroco é um estilo que dominou a arquitetura, a pintura, a literatura e a música na Europa do século XVII, por isso, toda a cultura desse período, incluindo costumes, valores e relações sociais traz as suas características.
O Barroco foi a arte da Contra-Reforma, trazida ao Brasil pelos missionários Jesuítas. As igrejas construídas nesse estilo se multiplicaram de norte a sul do país. O século XVII foi um dos que mais produziu santos para a Igreja Católica, aos quais se consagraram capelas, igrejas e basílicas cujos altares sobem até o teto em grandes retábulos de madeira. Seu estilo reflete o evento de Pentecostes, especialmente nas ordens Jesuítas e Carmelitas. Sua forma geométrica é a elipse, o que dá a sensação de como se um vento impetuoso tivesse colocado tudo em movimento e, de repente, alguém tirasse uma fotografia que corresponderia à visão interna do templo.
A ênfase da arte sacra barroca consiste na humanidade de Cristo, especialmente em sua Paixão. Surgem novos elementos como os crucifixos ensanguentados e as devoções à Virgem dolorosa e ao Cristo das Chagas. O surgimento da arte barroca é contemporâneo ao descobrimento do Brasil. É um estilo que já conta com grandes artistas brasileiros como Mestre Ataíde e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. É uma arte do humanismo, expressão da religiosidade popular que quer significar o enobrecimento do mundo refletido nos belos microcosmos das Igrejas, capelas e casas dessa época.
O Barroco quis ser, e em boa parte o foi, a arte do “envolvimento redondo”, de envolver todo homem na terra, na cultura, como “volutas de incenso”. É o que se vê em seus retábulos rebuscados.
Os “Neos”
Em 1759, houve a supressão do Companhia de Jesus, que mantinha o monopólio da cultura da época. Roma se encontrava num grande vazio de fé. A Igreja, assim, retornava ao que lhe havia dado segurança na arquitetura: o neoclássico, o neorromânico e neogótico. O iluminismo crescia rapidamente e, com ele, uma cultura paganizada, como o panteísmo, por meio do qual se criam os grandes parques para que os transeuntes pudessem sentir o paraíso terrestre. Surgia uma nova definição da arte: imitação da natureza. O Belo não estava mais ligado ao Bom, Verdadeiro e Justo, mas à estética. Foi nesse período que a arte se separou da técnica. Tudo parecia estar sob o controle do homem.
Para alguns teólogos, o “segundo pecado original” da humanidade foi a perda do sentido do Sagrado: tudo passou a ser permitido. Esse fato tem uma data marcante para o ocidente: 1789, quando se deu a Revolução Francesa, que colocou uma prostituta nua sobre o altar da Igreja de Notre Dame, em Paris, e foi adorada como a deusa razão.
Só seria aceito como verdadeiro o que poderia ser provado cientificamente. Começou o predomínio do ensino da moral e não mais do dogma. Havia três posicionamentos religiosos principalmente entre os governantes e artistas: Deísta, Ateísta e Panteísta. Prevalecia a ideologia, o objeto sobre o ser humano. O homem eliminou o transcendente e passou a guiar-se só pelo que estava sob o seu domínio, retornando ao helenismo sem passar pelo cristianismo.
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As ideias tornaram-se mais importantes que as pessoas. Forma moral, industrial perfeita, mais importante que a vida e liberdade. Todo esse panorama parecia estar preparando a humanidade para o século XX. Paris se tornou o centro cultural do mundo até a 2ª guerra mundial. O espírito individual e livre da “representação do sagrado” gerou uma arte cristã decadente, sem força eclesial.
O uso concreto armado influenciou radicalmente o espaço sagrado. Se no Gótico os arcobotantes tinham uma função estrutural de transferência de esforços das paredes centrais para as laterais, com o concreto armado no neogótico, eles se tornaram não mais elementos estruturais, e sim, decorativos.
Com a possibilidade dos novos materiais vencerem grandes vãos, foi eliminada a necessidade das naves laterais em grandes igrejas com suas colunas que, apesar de terem seu simbolismo, impediam muitos fiéis de participarem visualmente da celebração eucarística. No entanto, no período entre as duas guerras mundiais do século XX, surgiu o movimento litúrgico e bíblico, que pretendia direcionar os fiéis de volta às fontes da fé e que viria a ser a semente do Concílio Vaticano II.
Consagrado Comunidade de Vida
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Serviço
Jantar Beneficente
Quando: 29 de novembro às 19h com a Santa Missa
Local: Igreja do Ressuscitado, Aquiraz – CE
Contato: (85) 99268-0930 – Gleyse
Convites*
Individual – R$300
Duas pessoas – R$500
*Os convites dão direito a buffet completo e bebidas (água, suco e refrigerante)
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