Saí com confiança e um pouco de apreensão nas primeiras horas da manhã para este serviço. Eu sabia que estaria perto do altar, sabia que daria o meu melhor e também rezei o rosário no caminho. Mas ainda tinha a lembrança dos preparativos para a Missa com o Santo Padre no encerramento da Congresso Eucarístico Internacional há um ano e meio, em que havia muitas lacunas no fluxo de comunicação, consequentemente muitas dificuldades na condução dos trabalhos.
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Mas quando cheguei ao centro de voluntariado e ao portão de entrada, fiquei feliz por ver os peregrinos já em filas, pacientes e atentos uns aos outros. Os voluntários também chegaram pontualmente, entusiasmados e ansiosos para servir. Naquele momento já senti que Deus estava preparando algo especial, neste lindo dia de primavera. E esse sentimento só se intensificou quando começamos o serviço, e vi que poderia efetivamente levar o coração de alguns de meus companheiros voluntários descontentes para a alegria.
Serviço e gratidão
Me perguntei, talvez eu também fosse assim há um ano e meio?! Agradeço a Deus, à Missão Budapeste da Comunidade Católica Shalom e aos ensinamentos da comunidade por ter colocado esta paz e paciência em meu coração. Mas voltemos ao dia de hoje…
Eu esperava a chegada do Papa Francisco com o coração cheio de entusiasmo, pois há tanto tempo eu tinha isso em meu coração que queria ter uma foto perfeita com o Santo Padre, o Papa Francisco. Com essa expectativa em meu coração, aproximei-me do cordão e fiquei ali na frente. Como eu estava servindo no setor dos padres, tive todas as chances de conseguir a foto perfeita, de perto. Posso até fazer contato visual com ele se gritar e acenar alto o suficiente.
Fiquei na frente da multidão, com oração e confiança em meu coração. Fiquei grato a Deus por essa oportunidade. Mas então Deus realizou uma reviravolta em toda essa história. É assim que Ele é. Não sei onde, mas uma freira apareceu atrás de mim e tinha uma garotinha de uns 5 anos com ela. A irmã fez o possível para levantar a menina o mais alto para que ela pudesse ver o Papa, mas não conseguiu.
Viva o Papa!
Eu sabia o que tinha que fazer e sabia que a foto perfeita teria que esperar, mas também sabia que poderia dar a essa garotinha uma lembrança eterna. Então, decidida, virei-me e perguntei se poderia colocar a menininha em meus ombros para que ela pudesse ver melhor. Ela assentiu com entusiasmo e no momento seguinte eu tinha a garota em meus ombros.
Depois de alguns minutos, ela gritou: “Eu vejo ele, ele está vindo!” Alguns momentos depois, o papamóvel nos alcançou, e a garotinha em meus ombros acenou alegremente, e nós dois gritamos: -Viva o Papa! Foi pura felicidade.
Naquele momento senti que afinal havia tirado aquela foto perfeita… mas não no celular como havia planejado, mas no coração dessa menininha. E na minha, como o feliz terceiro.
Graças a Deus, Shalom.
Confira algumas fotos:
Csabi Fodor
Missão Budapeste