Formação

 Jesus Cristo e o mistério de sua vida pública

Ministério de Jesus começa, segundo os evangelhos canônicos, com o seu batismo na região rural da Judeia romana, perto do rio Jordão,

comshalom

A vida pública de Jesus Cristo é o conteúdo mais evidenciado pelos autores sagrados. Seus feitos messiânicos e o anúncio da Boa Nova iniciaram após o batismo ministrado por João Batista. Cristo tinha então por volta de trinta anos. Esse acontecimento é tão importante que foi narrado nas quatro versões do Evangelho (cf. Mt 3,13s; Mc 1,9s; Lc 3,21s; Jo 1,29s). 

João Batista vivia no deserto, pregando sobre a penitência, o arrependimento e a necessidade de conversão, isto é, sobre mudança de atitude, purificação e vida nova. “Preparai os caminhos do Senhor“. Dizia isso, repetindo o profeta Isaías (cf. Is 40,3). Provavelmente, João Batista ainda não havia se encontrado com Jesus até aquele famoso momento. Porém, assim que O avistou, intuiu, por virtude da graça, quem Ele era.

O único contato dos dois, até então, fora nos ventres de suas respectivas mães (cf. Lc 1,26-50). Já adulto, quando João o avistou, disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,35,42). Como resultado desse encontro, mesmo sem precisar de batismo, Jesus Se fez batizar, iniciando seu anúncio de paz e salvação.

A esse respeito, veja a explicação do Catecismo: 

“Da parte de Jesus, o seu batismo é a aceitação e a inauguração da sua missão de Servo sofredor. Deixa-se contar entre o número dos pecadores. É já ‘o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’ (Jo 1,29), e antecipa já o ‘batismo’ da sua morte sangrenta. Vem, desde já, para ‘cumprir toda a justiça’ (Mt 3,15). Quer dizer que se submete inteiramente à vontade do Pai e aceita por amor o batismo da morte para a remissão dos nossos pecados. A esta aceitação responde a voz do Pai, que põe toda a sua complacência no Filho. O Espírito que Jesus possui em plenitude, desde a sua conceição, vem ‘repousar’ sobre Ele (Jo 1,32-33) e Jesus será a fonte do mesmo Espírito para toda a humanidade. No batismo de Cristo, ‘abriram-se os céus’ (Mt 3,16) que o pecado de Adão tinha fechado, e as águas são santificadas pela descida de Jesus e do Espírito, prelúdio da nova criação” (CIC 536).

O batismo de João Batista foi um ato de penitência. O Jesus, no entanto, foi um marco de iniciação de Sua vida pública, cujo ápice foi a Cruz e a derrubada do muro de separação que privava o homem do projeto redentor de Deus. Todas essas ações de Cristo tiveram como motor, como gerador, o amor. O amor explica Sua encarnação, Seus feitos na vida pública, Sua paixão, morte e Ressurreição. 


Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado.