Em coletiva de imprensa, a Santa Sé divulgou uma programação cultural para preparar os fiéis para o Jubileu 2025. Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, enfatizou, no entanto, que os detalhes serão divulgados em maio. “Todos eles serão sempre gratuitos”, destacou o prelado, porque “a cultura não tem preço”.
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Música
O dia 28 de abril foi escolhido para o primeiro evento cultural. A igreja de Santo Inácio de Loyola apresentará por inteiro, a famosa obra Messias de G. F. Handel. “É uma obra muito conhecida, mas nem sempre executada em sua totalidade. Handel a compôs em 1741 e uma de suas peças mais famosas, o Hallelujah, coincidirá com este tempo de Páscoa, permitindo realizar toda a jornada da vida de Jesus Cristo, desde seu nascimento até sua ressurreição”. Uma obra prima única que será executada pelo Ensemble florentino dos “Musici del Gran Principe”, dirigida pelo jovem maestro Samuele Lastrucci.
No dia 3 de novembro, o Auditório da Via della Conciliazione será palco para a orquestra regida pelo maestro Jader Bignamini, atualmente diretor musical da Orquestra Sinfônica de Detroit, que executará a Quinta Sinfonia de Dimitri Shostakovich, composta em 1937, “pouco conhecida do público em geral, mas marcante pela sua dramaticidade”.
Já em 22 de dezembro, será a vez do coral da Capela Sistina apresentar várias composições polifônicas de Palestrina, Perosi e Bartolucci. O palco escolhido será novamente a igreja de Santo Inácio, em Roma. “Com seus 1.500 anos de história o coral da Capela Sistina, sob a direção do maestro Marcos Pavan, permitirá viver os dias que antecedem a abertura do Jubileu à luz de uma genuína contemplação do mistério da fé, cantada por um coro conhecido no mundo inteiro e que se apresentará excepcionalmente na cidade de Roma”, lembra Fisichella.
Exposição de ícones
Uma mostra de ícones será realizada no final de 2024 na Igreja de Sant’Agnese in Agone, no centro de Roma. Serão expostas cerca de 20 obras, das tradições russa, ucraniana e síria, com a colaboração especial do Dicastério para a Evangelização e dos Museus do Vaticano: os ícones no contexto da arte bizantina serão particularmente adequados para entrar no Ano Santo. “São imagens cheias de paz em um mundo cheio de guerra”, destaca Padre Geretti.
Homenagens a Dali e Chagall
Também estão previstos dentro da programação cultural dois eventos para homenagear Salvador Dali e Marc Chagall. Os detalhes, bem como as datas e locais, ainda não foram divulgados.
Festival de cinema
No dia 14 de abril, no Cinema delle Province, será aberta a mostra de cinema “Faces e contrafaces da esperança”. O primeiro filme apresentado será La porta del cielo (Vittorio De Sica e Cesare Zavattini, 1945), em uma cópia recentemente restaurada. La porta del cielo narra uma peregrinação de pessoas doentes ao santuário de Loreto. Giovanni Battista Montini, o futuro Papa Paulo VI, então substituto na Secretaria de Estado, também participou da produção do filme e visitou várias vezes o set das filmagens.
Os outros filmes selecionados pela Fundação Entidade do Espetáculo foram: On life (2023), de James Hawes, com o vencedor do Oscar Anthony Hopkins no papel do filantropo inglês Nicholas Winton; La chimera (2023), de Alice Rohrwacher, com Josh O’Connor e Isabella Rossellini; Perfect Days (2023), de Wim Wenders; Leaves in the wind (2023), de Aki Kaurismäki; L’intrepido (2013), de Gianni Amelio; Silence (2016), de Martin Scorzese; Chiara (2002), de Susanna Nicchiarelli; Il concerto (2009), de Radu Mihăileanu. Susanna Nicchiarelli e Radu Mihăileanu estarão presentes para dialogar com o público. O festival se encerra com o filme Cristo proibito (1951), de Curzio Malaparte.
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