Há 34 edições, o Congresso de Jovens Shalom marca a história vocacional de milhares de jovens que, atraídos pelo carisma da paz, fazem uma experiência com o chamado do Ressuscitado que passou pela Cruz.
Para alguns, em especial, o chamado do Senhor convida à proximidade maior. Foi o caso de Allan, de Natal, que durante as 20 edições em que participou teve sua vida transformada pela graça de Deus. Sua história é prova de que cada edição do evento é única e proporciona uma transformação na vida.
Contato com o carisma
Com apenas 13 anos, ele fez sua experiência com o amor de Deus por meio de um Seminário de Vida no Espírito Santo, no ano 2000.
“Até então, era um adolescente comum, iniciando as descobertas próprias deste tempo e como as pessoas da minha idade, buscando um amor que me preenchesse, devido a uma forte ausência do meu pai, pois há alguns anos havia se separado da minha mãe… Quando conheci a Deus, logo entendi que diante da minha história, havia uma escolha de Deus, visto que a alguns anos atrás, aconteceu um episódio de crise de asma, onde desmaiei com falta de ar, perdi os meus sentidos, convulsionei e meu coração parou de bater e após uma oração do meu irmão (que hoje também é consagrado), Deus me trouxe a vida de volta“, recorda.
Após essa experiência o jovem começou a frequentar o Centro de Evangelização de Natal.
“Vivia no Shalom, em todas as atividades e de forma muito intensa dentro da casa da Comunidade de Vida. Neste tempo ainda não entendia nada acerca de vocação e estado de vida, lembro que o que apenas me encantava era a Capela e o Santíssimo e claro que a convivência e os lanches, era muito comum após o grupo de oração, sairmos (eu e os irmãos de grupo do meu irmão) para conviver, lanchar e tocar violão”.
Primeiro CJS
Em 2002, ele soube que aconteceria o Congresso de Jovens em Fortaleza-CE. Reuniu-se com os demais jovens de sua missão e foram para a casa mãe da Comunidade.
“Eu não fazia nem ideia do que era carisma e que esse evento havia sido idealizado por um tal de Ronaldo Pereira, que havia dado toda a vida dele e até o sangue pelos jovens. Inclusive, voltando de missão da minha cidade natal, lembro que para conseguir dinheiro fizemos várias ações, uma delas o famoso pedágio (pedir dinheiro nos carros), mas lembro como se fosse hoje que o dinheiro que levei não era suficiente, porém o meu desejo de Deus e de conhecer mais essa tal comunidade/vocação e saber sobre esse, tal carisma era grande“, garante.
Encontro com Moysés e Emmir
A seguir, confira o testemunho de Allan sobre as pregações do fundador e da cofundadora no CJS:
“Chegando lá, tudo me chamava a atenção, vale salientar que naquele ano tinha muita gente, mas comparado a hoje éramos poucos, lembro que o palco era pequeno e baixo e os pregadores ficavam bem perto e tínhamos um acesso bem fácil a eles (eu nem fazia ideia da importância que eles tinham para a comunidade).
No sábado de manhã, lembro daquele homem (Moysés) pregando, aqueles jovens vidrados no que ele falava, todos atentos, o que ele falava tocava o coração de todos e eu começava a ver que ele falava de mim, daquilo que eu vivia e buscava, falava de uma tal de santidade, de uma juventude que precisava ser livre, de uma força que movia a nossa fé, de um caminho e um seguimento a Jesus, começou a falar dele, da experiência dele com Deus, da forma com que ele foi se sentindo chamado a entregar tudo no celibato. ‘Mas o que danado era celibato?’ Eu fazia nem ideia! Naquele momento, eu já estava que nem piscava, mas na minha cabeça havia muitos questionamentos, pois eu ainda era muito jovem e como seria? O que fazer? Ele então partilhou sobre a boa e velha passagem do jovem rico e logo depois teve uma adoração. Lembro da forte experiência da adoração em que Deus me chamava a segui-lo, pois ele desejava fazer morada em meu coração. Lembro de olhar Jesus de longe e dizer que o queria seguir.
No período da tarde, foi separado em cursos, eu nem lembro quais eram, mas lembro que fiquei no curso de uma mulher loira e elegante (mal sabia eu que era Emmir), lembro que o tema do curso era algo relacionado a seguir Jesus. Fiquei na fila da frente tentando colher dela tudo que ela falava e lembro que dali, de fato meu coração estava pronto para seguir Jesus (mal sabia eu o que eu estava dizendo, me chamou muito a atenção abertura dela aos dons e em mim uma vontade de ser igual a ela”.
‘Eu já não era mais o mesmo’
Além das pregações com os fundadores, Allan também se recorda com gratidão da programação do dia. “Lembro demais das músicas, aquela liturgia, continuava as pregações, adoração e missa de envio…Meus Deus! Eu já não era mais o mesmo, havia comprado camisa, bolsa, terço, ícone, vela, etc…, já estava amigo de vários noviços da Comunidade Vida e membros da cal, era foto com tau, olhava os estatutos…”
Em meio a tantas novidades que se apresentavam ao seu redor, algumas perguntas ecoavam em seu coração:
“O que danado era celibato? Como ser todo de Deus? Ser missionário? Ser pobre? Viver de doação? Não sei o que é, mas acho que sou isso…”
“Muita coisa passava pela minha cabeça, mas uma certeza eu já tinha…o que aquele homem vivia eu me identificava, ser consagrado, ser missionário, viver tudo em Deus e para ele tudo, mas eu ainda era muito novo e muita agua ainda iria rolar, mas a semente ali foi plantada, aquele cara olhava pra Jesus de uma forma muito particular“, continuou.
Para os jovens, tudo!
Com o passar dos anos, já membro da Comunidade Shalom, Allan continuou participando dos CJS’S. “Fui pra vários, acredito que uns 20..alguns deles ainda como obra, outros já como postulante e discípulo, outros quando estive em missão em Recife (aqui destaco que foi no cjs 2008 aqui em natal, que dei passos ao meu processo para ir em missão) e fui em missão inclusive para fundar o Projeto de Juventude para Jesus em Recife no ano de 2009. Depois que voltei de missão continuei indo para o CJS já como consagrado, em seguida já com promessas definitivas e em 2014, já como celibatário pelo reino dos céus”.
“Aquela voz que comecei a ouvir em 2002, ganhou eco e após um tempo de discernimento (enquanto coordenava os jovens e num Acamp’s) fiz meus primeiros votos no celibato em 2014”, recorda.
“Trago uma enorme gratidão a Deus, porque foi na minha juventude (cnj’s em 2002) que descobri o meu chamado a ser consagrado e celibatário e foi no meio dos jovens (Acamps 2012) que assumi a minha identidade e hoje vivo tudo que eu sou (há quase 24 anos) para eles. Meu lema de vida é: A vocês jovens, o meu tudo para sempre”, declara.
Você também tem um história legal com o CJS? Envie seu testemunho para nossa redação AQUI.
O CJS vale a pena!
Ainda dá tempo de fazer a sua inscrição e participar do maior encontro da juventude Shalom! Ah, e se você está pensando: “Não sou do Shalom, posso participar?” A resposta é SIM! O CJS é aberto a todos que desejam viver uma experiência profunda com o Carisma.
Serviço:
Congresso Internacional de Jovens Shalom
Data: 10 a 13 de outubro
Local: Centro de Formação Olímpica (CFO)
Endereço: Av. Alberto Craveiro (Castelão), Fortaleza-CE.
Inscrições: aqui
Mais informações: comshalom.org/cjs35anos
