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De quem é a Culpa?

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Jovem é mantida como refém pelo ex-namorado em apartamento, no bairro Santo Amaro, São Paulo. O desfecho da história foi trágico e o Brasil acompanhou o caso passo a passo e perguntou-se, de quem foi a culpa? Uns dizem que foi da polícia, devido à má condução nas negociações e invasão do cativeiro; outros afirmam que a culpa foi da imprensa pela forte exposição do caso tornando o jovem delinqüente no “príncipe do gueto”, como ele mesmo afirmara; outros ainda afirmam que a culpa foi da família por ter deixado a jovem namorar com um rapaz bem mais velho.

Outra barbárie noticiada, também em São Paulo: homem mata a mãe, atira na esposa, nos três filhos e suicida-se. Os vizinhos do casal, de classe média procuram uma resposta que possa explicar aquela tragédia familiar. De quem teria sido a culpa daquele ato violento? Dos remédios e drogas consumidos pelo homem que ensandeceu?
 

Afinal, de quem é a culpa por tanta violência? Seria a falta de policiamento? Ou o descaso do poder público ao negligenciar políticas para a juventude? Seria a falta de emprego e oportunidade para o empreendedorismo? Ou o próprio meio social violento no qual estão inseridos boa parte da população?

A resposta a todas essas questões ainda não esclarecem a verdadeira causa de tanta violência. Caso todos os problemas sugeridos nas perguntas acima fossem solucionados, ainda assim a violência continuaria a ceifar vidas, pois ela nasce dentro do coração do homem.

O homem e, conseqüentemente, a sociedade que retira Deus de seu horizonte é o culpado pelo crescimento da barbárie. Quando os olhos cambiam do essencial para o secundário, automaticamente, perde-se a noção de valor, de respeito e da ética. Daí vê-se surgir uma sociedade despersonalizada e contraditória na defesa de seus interesses. Esta é capaz de penalizar quem destrói ovos de tartarugas ao mesmo tempo em que luta pela descriminalização do aborto; chora os filhos tragados pelas drogas e, concomitante é a favor da legalização da maconha; É contra a pedofilia, mas erotiza os infantes e defende o sexo livre, cada vez mais cedo.

Quando a pessoa retira de sua vida a esperança e a certeza da existência da vida eterna, perde-se a persistência em se fazer o bem, logo, não tem valor aquilo que está fora de meus interesses, forma-se em então um ambiente propício à violência e sua proliferação.

Agora, quando Deus faz parte do sentido de vida de uma pessoa e de uma sociedade o bem é possível e se este é possível o homem pode tornar-se ainda mais quem ele é, um ser racional, capaz de Deus, logo, capaz de amar, de superar limitações, de doar-se.

O amor também nasce no coração do homem e só ele pode suplantar a violência. Temos, portanto, duas realidades que se digladiam dentro de si, vence aquela a quem mais dermos força. Cabe a cada um escolher e decidir-se amar para acabar com a violência.
 


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