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Unção dos enfermos é só para quem está a ponto de morrer?

“Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. A oração feita da fé salvará” (Tg 5,13-15).

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Todos os anos, em 11 de fevereiro, festa de Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja  celebra o Dia Mundial do Doente, para o qual é publicada uma mensagem pelo Pontífice.

Assim como se cuida de cada pessoa no início de suas vidas, acolhendo na Igreja, batizando-as, ministrando os primeiros sacramentos e guiando-as no caminho da fé, deve-se cuidar de cada pessoa, quando essas ficam doentes. A oração feita com fé e amor salvará o doente e o aliviará em suas dores.

O Dia Mundial do Doente foi estabelecido por São João Paulo II em 1992 e celebrado pela primeira vez em Lourdes, na França, em 11 de fevereiro de 1993. De fato, este dia é celebrado de forma especial nesse importante santuário mariano. A mensagem do Papa Francisco para esta 30ª edição tem como tema o Evangelho de Lucas: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”, com o subtítulo “Colocar-se ao lado de quem sofre num caminho de caridade”.

>> Confira na íntegra a Mensagem do Papa Francisco para o 31° Dia Mundial do Enfermo

O sacramento

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica § 1420-1532, a Tradição reconheceu neste rito um dos sete sacramentos da Igreja. A Igreja crê e confessa que existe, entre os sete sacramentos, um sacramento especialmente destinado a reconfortar- aqueles que são provados pela enfermidade: a Unção dos Enfermos

O Sacramento da Unção dos Enfermos confere ao cristão uma graça especial para enfrentar as dificuldades próprias de uma doença grave ou velhice. É conhecido também como o “sagra viático”, porque é o recurso, o “alívio” que leva o cristão para poder suportar com fortaleza e em estado de graça um momento de trânsito, especialmente o trânsito à Casa do Pai através da morte.

Quantas vezes um cristão pode receber o sacramento?

A Unção dos enfermos antes era conhecida como “Extrema Unção”, pois só era administrada “in articulo mortis” (a ponto de morrer). Atualmente o sacramento pode ser administrado mais de uma vez, sempre que for em caso de doença grave.

Unção dos enfermos é um rito cristão que consiste em ungir os enfermos com um óleo sagrado. Na Igreja Católica, o ritual é também denominado “Santa Unção” ou “Último sacramento”. A unção dos enfermos tem o objetivo de confortar o doente, perdoar os seus pecados e transmitir um sentimento de alívio espiritual e físico.

O essencial do sacramento consiste em ungir a frente e as mãos do enfermo acompanhada de uma oração litúrgica realizada pelo sacerdote ou o bispo, únicos ministros que podem administrar este sacramento.

Quantas forem necessárias, sempre que estiver em estado grave. Pode recebê-lo inclusive quando o estado grave se produz com recaída de um estado anterior pelo qual havia recebido o sacramento.

Que efeitos tem a Unção dos enfermos?

A unção une o enfermo à Paixão de Cristo para seu bem e o de toda a Igreja; obtém consolo, paz e ânimo; obtém o perdão dos pecados (se o enfermo não pôde obtê-lo pelo sacramento da reconciliação), restabelece a saúde corporal (se convém à saúde espiritual) e prepara para a passagem para a vida eterna.

Pedido do Papa para este ano

“Trata bem dele!” A compaixão como exercício sinodal de cura. Assim o Papa intitulou a Mensagem para o XXXI Dia Mundial do Doente que recorda a parábola do Bom Samaritano. A doença faz parte da nossa experiência humana, escreveu Francisco logo no início da Mensagem, mas “pode tornar-se desumana, se for vivida no isolamento e no abandono, se não for acompanhada pelo desvelo e a compaixão”.

Nunca estamos preparados para a doença”, recorda o Papa, “e muitas vezes nem sequer para admitir a idade avançada. Tememos a vulnerabilidade, e a invasiva cultura do mercado impele-nos a negá-la. Não há espaço para a fragilidade. E assim o mal, quando irrompe e nos ataca, deixa-nos por terra atordoados”… E ainda explica: “Na realidade, a conclusão da parábola do Bom Samaritano sugere-nos como a prática da fraternidade, que começou por um encontro de indivíduo com indivíduo, se pode alargar para um tratamento organizado”.

Quer entender ainda mais sobre os sacramentos? Adquira o livro “Liturgia e Sacramentos“, do Pe. Marcelo Sales que busca introduzir o leitor no universo do sagrado.

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Curiosidade sobre o sacramento do Matrimônio
 


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