Nunca fui devoto de Santa Teresinha de Jesus, embora muitas sejam as pregações que participei, as quais citaram os seus ensinamentos.
Até que um dia me arrisquei a ler “História de uma alma”. Na medida que ia lendo, o meu desejo de Deus ia aumentando, ao mesmo tempo que buscava a pequena via para desprezar a minha própria pessoa, para que Cristo seja de fato meu Senhor.
Antes das últimas 30 páginas o meu coração já estava ferido e me dirigi à santa missa numa paróquia Salesiana no meio da semana. O Padre que celebrou a missa neste dia permitia a comunhão nas duas espécies apenas no domingo, mas momentos antes da distribuição da comunhão, rezei mais ou menos assim:
“Jesus, se Santa Teresinha estivesse do meu lado sei que ela teria a fé o bastante para pedir tudo, ao contrário, tu sabes quanto sou vaidoso, mas neste instante meu coração está ferido e deseja te amar, se for da tua vontade, permita que eu beba do teu Sangue para que te ame mais”
Neste instante, o Padre pegou o cálice, deu ao Ministro Extraordinário da Eucaristia e junto deste distribuíram a comunhão nas duas espécies para todos. Nesta hora, nunca me senti tão amado e tão desejoso de ser tão pequeno quanto Santa Teresinha buscou ser aos olhos de Deus.
Davi Abud, membro da Obra Shalom Interlagos
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