Eu me chamo Caio Márcio, sou vocacionado na Missão de São Luís (MA) e pastor do grupo de oração Paráclito.
Desde o começo da minha caminhada na igreja, é comum meus familiares e amigos me pedirem orações por alguma intenção, e por isso a intercessão, mesmo sendo tão vaga as vezes, tem sido uma marca constante nas minhas orações. Mas nessa quarentena, o Senhor me concedeu uma graça de compreender a intercessão como um ato de amor, de doar-se para o outro, de sair de si e clamar. De um ato de oração pela minha cachorrinha doente até o meu avô curado de COVID-19, o Senhor escutou as minhas preces.
Queria começar a partilhar que minha cachorrinha estava com epúlide oral (um tumor grande na boca) fazia alguns meses e ela sofria muito, estava triste e como meu pai não queria gastar com o tratamento dela, decidi rezar. Foi estranho no começo, mas mesmo assim entreguei a situação a Jesus e movido de compaixão, rezei por ela. Meu irmão que também é do Shalom, me acompanhou nessa empreitada. Questão de dias, o tumor dela caiu, ela estava sorrindo pelo quintal, minha mãe me abraçando…
Hoje parece que foi uma forma de que o Senhor me mostrou que preciso confiar n’Ele, que minhas orações são ouvidas, pois dias depois meu avô foi internado com pneumonia grave decorrente do COVID-19. Foi um choque na família, nunca imaginamos que acontecerá conosco, mas aconteceu. Mais uma vez o caminho que Jesus indicava ao meu coração era o da intercessão, ver minha mãe chorando e me pedindo para que eu rezasse por ele, moveu o meu interior ainda mais forte para esse ato de amor.
Entre melhoras e pioras, na oração, com o médico dizendo que foi uma milagre em virtude dele já possuir diabetes, hipertensão e idade avançada, meu avô se recuperou, recebeu alta e agora está em casa por graça de Deus. E no meu coração surgiu o imenso desejo de interceder mais pela humanidade, de me dedicar profundamente a intercessão.
Jesus me mostrou que minha oração deve ter um rosto concreto, o rosto da humanidade que sofre, que tem destinatários concretos, tem nomes, que agora não são mais somente daqueles que conheço, mas daqueles que não conheço. O Senhor quer nos ensinar, nesse tempo de pandemia, o valor da oração de intercessão e que com Ele nós caminhamos na esperança, na confiança de que tudo isso passará e nos deixará muitos frutos, pois Deus é tão bom que de um mal, Ele tira coisas boas.
Que o Senhor nos mova para intercedermos pelo fim dessa pandemia, pela pacificação dos corações de todos os homens. Que Ele nos conceda a experiência com esse ato de amor, de compaixão, de sair de si e ir ao encontro do outro.
Shalom.