A figura paterna é essencial para o desenvolvimento de uma criança. Os pais dão segurança afetiva, vão à luta em vista do sustento da família e usualmente são conhecidos por características relativas à proteção, à defesa da casa e à conquista de patrimônios no ambiente externo.
A ausência dessa figura pode ser traumática na vida de uma pessoa — meninas que não tiveram a presença do pai, por exemplo, são mais vulneráveis à relacionamentos abusivos e consumam se envolver com homens agressivos, que geram feridas profundas e grandes traumas. Rapazes que não cresceram sob olhar de um pai tendem a desenvolver um senso de proteção maior com a mãe, por isso a realidade de homens apegados às suas progenitoras na idade adulta têm sido cada vez mais comum.
Diante da ausência cada vez mais recorrente de uma figura tão importante para o desenvolvimento da personalidade humana, é possível recorrer àquele que soube abraçar o sacrifício da Sagrada Família e ser pai na plenitude da palavra: São José. A vida de José réverbéra de forma muito positiva na biografia daqueles que decidem se aproximar da sua presença.
As virtudes josefinas são inspiradoras para todos os seres humanos do nosso tempo — sendo possível colher incontáveis frutos através da imitação delas. Uma pessoa que decide recorrer a São José encontra o sustento e o amparo do pai da divina providência e aprende a depender exclusivamente de Cristo, colocando-o em primeiro lugar como José o fez.
Este modelo de vida cristocêntrico nos aponta o que verdadeiramente importa: a encarnação do modo de ser de Cristo em nós. A valentia de José em meio às duras adversidades do seu tempo nos mostra que nenhuma circunstância pode ser capaz de nos deixar órfãos: o pai de Jesus também é o nosso pai — e as lutas de José também foram por nós — para que o projeto de salvação da humanidade fosse cumprido com êxito.
Procura-se um pai — e em São José encontra-se um pai, cheio de firmeza, de coragem e de amor apaixonado por cada um de nós, seus filhos adotivos. Que neste ano dedicado ao homem que trabalhou pelo sustento do próprio Cristo, possamos cooperar para que a vontade divina se cumpra em nossas vidas com êxito — e que abandonados à divina providência, possamos abraçar, com José, os mistérios insondáveis que já nos esperam no leito da Cruz. Nós não somos órfãos! São José, rogai por nós e providenciai!
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