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Maria, Sinal da graça de Deus

Para a Igreja Maria é “mãe de Cristo e de seus membros, porque cooperou pela caridade para a plenitude da Salvação, e por isso deve ser reconhecida e honrada.”

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Maria, como mãe do Salvador tudo lhe é abundante e como mãe do povo de Deus, gratuitamente ela nos entrega aquilo que por amor lhe foi dado. Segundo o Catecismo, “esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na anunciação e que manteve inabalável junto da Cruz, até à consumação perpétua de todos os eleitos.  De fato, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira”.

São muitos títulos, uma só mãe. Essa que é sinal da Salvação, sinal da graça dada por Deus, conforme São Luís Maria Grignion de Montfort: “Deus, vendo que somos indignos de receber suas graças diretamente de suas mãos divinas, dá-as a Maria, a fim de obtermos por ela o que ele nos quer dar”.

Muitas vezes nos afogamos em meio a dor e esquecemos de apreciar a beleza de, junto da Mãe, contemplar a presença do Cristo Ressuscitado que passou pela Cruz. Com docilidade podemos acolher o que nos pede o Senhor e a exemplo de Maria, podemos ser sinal da graça da obediência e do silêncio.

Fábio e Gisele são casados e fizeram juntos o Curso de Consagração à Jesus pelas mãos da Virgem Maria na Comunidade Católica Shalom na Missão de Santo Amaro. Eles nos contam sobre a importância da devoção à Santíssima Virgem por meio da Consagração e como Ela é sinal da graça de Deus na vida dos seus.

Qual a experiência de vocês com Nossa Senhora através da Consagração pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort?

 Gisele: Após a Consagração à Virgem Maria a forma como reajo a algumas situações mudou, tenho reagido de uma forma diferente. Isso é uma graça e um desejo de, como Nossa Senhora, aprender a calar e a silenciar diante das circunstâncias, algo que o Fábio percebe que tenho mudado. Algo que ouvi e li durante o curso é que entre Deus e eu há uma distância muito grande e que entre Nossa Senhora e eu a distância é menor, torna-se mais acessível. Ela possui seus próprios recursos para me aproximar de Deus, recursos que eu não tenho.

Fábio: Tivemos, realmente, uma experiência de intimidade, nos aproximamos mais dela através da oração, da leitura da palavra. Acabamos vendo a grandeza do papel dela na nossa fé.

Muito do que está no Tratado e do que se falou no curso não escutei em outro lugar na Igreja, conceitos que nos permitem aprofundar no conhecimento e fé em Nossa Senhora.

O que mudou na vida de vocês como um casal mais próximo de Nossa Senhora?

 Fábio: Com a rotina fica difícil rezar juntos, com Nossa Senhora isso mudou. A minha vida de oração hoje é diferente de antes, então eu vejo Nossa Senhora muito mais participativa na minha oração.

Gisele: Aumentou o hábito de rezar como casal, nos comprometemos a rezar o terço todos os dias, mesmo que separados.

Como estar perto da Mãe pode nos aproximar do Filho?

 Fábio: Ela sendo canal de salvação, tornou-se esse estreitamento do caminho entre nós e o ceú. É o elo mais perfeito, mais rápido. Ela foi a mais íntima de Jesus, sendo mãe e discípula, penso que, através dela, recebemos a maior parcela de graças quando decidimos seguir Jesus. Ela é o auxílio na prática das virtudes e combatente do mal, logo nos une ao Filho. 

Gisele: Como exemplo, podemos citar os santos, que em sua maioria são devotos de Nossa Senhora. Ela é uma via de Santidade, “quem Deus quer fazer muito Santo, faz devoto da Virgem Maria”.  Podemos citar São João Paulo II como exemplo de um Santo amigo de Maria.

O que mudou na família de vocês com a presença de Nossa Senhora?

 Gisele: A minha conversão ocorreu com o nascimento da minha sobrinha. O médico sugeriu a interrupção da gestação por conta da anencefalia, hoje ela tem o diagnóstico de Paralisia Cerebral e microcefalia.

Nos casamos na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na frente da Igreja está uma imagem dela, todas as vezes que passava ali eu pedia para que a minha sobrinha fosse cuidada por ela e que ficasse tudo bem. 

Segundo os médicos, ela provavelmente iria nascer e em seguida morrer. Os pais decidiram seguir com a gestação, mas tudo de modo incerto, não sabíamos como seria. Ela permaneceu internada na UTI neonatal por quase três meses após o nascimento. Em cada consulta, a minha irmã recebia uma notícia impactante, como “a sua filha não tem cérebro”. Vê-los assim, fazia com que eu me sentisse impotente. O laudo do Eletroencefalograma foi muito ruim e dito de forma muito dura pelo médico, após a saída dele do quarto, uma enfermeira que estava ali perguntou: “vocês acreditam em Deus? Não ouça o que ele te falou não, acredite em Deus”.

Dias depois a minha sobrinha fez novamente o exame e o resultado foi diferente, como se fossem de dois pacientes distintos, neste mostrava atividade cerebral. A minha irmã foi procurar a enfermeira e não a encontrou, referiram que a enfermeira com aquelas características não trabalhava ali e que naquele mesmo dia não constava nenhum dado desta profissional na unidade mesmo em outro turno.

Eu só conseguia rezar para que eles não sofressem, através da cura da minha sobrinha ou da partida dela para o céu, diante de todo o sofrimento na UTI. Deus não a curou, mas tem nos moldados aos poucos. O milagre tem sido o fortalecimento deles diante das circunstâncias. A única coisa que peço é que a minha sobrinha seja feliz, ao vê-la sorrir, é como se Deus me abraçasse e dissesse que tudo ficará bem porque ele se faz presente, mesmo que não aconteça o que eu gostaria.

Foi o momento que eu mais rezei, entrava no meu quarto e rezava, porque era o que eu poderia fazer, dormia chorando e acordava calma com a certeza de que tudo daria certo. Todos os anos íamos para um retiro de carnaval, uma semana antes a minha sobrinha dava início a um novo processo de internação, na última internação, ao voltarmos do retiro, passamos no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, ao chegarmos em casa, soubemos que ela teve uma parada cardiorrespiratória.

Existe uma graça sobrenatural sobre a vida dela e sobre tudo isso, que bom que eu não estava lá porque eu não sei como seria vê-la assim. Nossa Senhora tem nos moldados na mansidão, tenho me silenciado diante da dor das pessoas que amo, como Nossa Senhora se silenciou ao ver o seu Filho sofrer. Diante de tudo isso, só consigo desejar que toda a minha família possa se converter, pois a graça de Deus pode não estar na cura física, mas em algo que ainda não entendemos. Ele nos dá recursos para que as coisas sejam encaminhadas da melhor forma. 


A Missão de Santo Amaro está realizando o curso de consagração a Virgem Maria pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort.

Se você quer saber mais sobre o curso ou viver essa experiência, acesse os links abaixo:

Quinta-feira: Inscreva-se
Domingo: Inscreva-se


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