O ser humano é o único ser capaz de amar. Através de sua vontade e inteligência pode conhecer e livremente decidir amar, no sentido pleno da palavra, correspondente a doação total para que o outro seja feliz mesmo que isso implique em esquecimento de si mesmo.
Irreal? Existe! Sim, esse amor existe. A atmosfera do dia dos namorados possibilita expô-lo e apresentá-lo, como uma peça de arte, raro e de valor altíssimo, afinal, é justo que custe muito o que muito vale.
Falar de amor não é tratar de irracionalidade como atribuem a ele as atitudes e desmandos impensados, como por exemplo, quando um amante diz ter matado sua amada por amor. Como? Crasso engano, pois no amor não há justificativa que respalde o assassínio de outro.
A verdade é que todos desejam um amor maior, e isto se canta em canções, escreve-se em poemas, suspira-se na solidão dos pensamentos. O amor não estagna, é movimento contínuo, dínamo artífice do acolhimento e da tolerância. Ele não é orgulhoso, não guarda rancor e nem busca interesses que são seus, diz o bimilenar hino ao amor que prossegue adjetivando o que de fato ele é: prestativo, paciente, do outro tudo crê, suporta e espera.
O amor não é cego como se costuma dizer, aliás, ele enxerga muito bem. Ver o que ninguém consegue vislumbrar no outro. Na ótica do amor o defeito da pessoa amada não é muro, mas ponte. Num sincero relacionamento entre as idas e vindas esses defeitos podem ser corrigidos ou superados.
“Faça amor, não faça guerra”, era o lema do movimento hippie, disseminado pela geração, dita, paz e amor. Amor na linguagem desta geração era sexo e, sexo livre. Engano ensinado. Erro assimilado. O resultado: muitos da geração vinte e poucos anos confusos acerca do que seja o amor. Emprestam-lhe diferentes roupagens os que os impedem de descobrir quão belo é o amor humano.
O amor entre um homem e uma mulher é belo, fascinante e potente. É capaz de gerar vida. Ele é o sustento da vida no planeta. A ausência desse amor quebra o equilíbrio da boa convivência, fende a esperança e pragueja o futuro.
Já o comércio advogado de seu marketing lisonjeiro comporta-se como um ladino, revestido de nobilidade, querendo faturar sempre mais, custe o que custar. Os enamorados e apaixonados, por ocasião, do dia dos namorados, deixam-lhe parcas ou vultosas cifras para celebrar a data e renovar as juras de amor.
O melhor de tudo é poder descobrir ou redescobrir a beleza e verdade que há no amor humano. Experiência forte e singular. É difícil descrevê-la, contudo é possível compreendê-la, senti-la que o diga os apaixonados e, confirmem os casados, eternos namorados. Estes, aliás, quando deixam esfriar o enamoramento comprometem a relação.
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Por Vanderlúcio Souza – Membro da Comunidade Católica Shalom