A fé católica na Coreia do Sul possui uma história rica e singular, caracterizada por desafios superados, crescimento constante e contribuições notáveis para a sociedade sul-coreana. Introduzida no final do século XVIII por missionários estrangeiros, a fé enfrentou uma feroz perseguição no século XIX devido a conflitos culturais e suspeitas de influências externas. Apesar disso, o catolicismo floresceu e muitos mártires desse período são reverenciados como santos, celebrando a identidade católica sul-coreana.
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A Igreja Católica teve um papel vital no desenvolvimento social, envolvendo-se ativamente em caridade, educação, assistência médica, justiça social e direitos humanos. A visita histórica do Papa Francisco em 2014 destacou a importância da paz e reconciliação na região, impactando positivamente tanto a comunidade católica quanto a sociedade em geral. Enquanto a Coreia do Sul abriga uma diversidade religiosa, a comunidade católica se destaca por sua participação ativa e busca incessante pelo diálogo inter-religioso, promovendo harmonia e compreensão mútua.
No geral, a fé católica na Coreia do Sul é uma mistura de uma rica história de perseverança diante da adversidade, um compromisso ativo com questões sociais e uma busca por viver os princípios do cristianismo em uma sociedade diversa e em constante mudança. De acordo com um levantamento feito até 2021, estima-se que há entre 5.000 a 6.000 igrejas católicas no país. Isso inclui desde grandes catedrais e basílicas até pequenas paróquias em áreas urbanas e rurais. É esse o cenário que vai acolher os jovens do mundo inteiro na próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
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Próxima JMJ será na Coreia do Sul
Ao finalizar a Missa de Envio em Lisboa, o Papa Francisco fez o pronunciamento oficial sobre a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Para alguns, Seul foi uma grande surpresa, já para outros foi apenas uma confirmação após muitas especulações. A capital da Coreia do Sul vai acolher o maior evento do Papa com a juventude em 2027. Esta é uma grande novidade, pois a última vez que um Papa esteve na Ásia, em ocasião de uma JMJ, foi em 1995, quando Manila acolheu o Papa João Paulo II.
Uma delegação da Igreja sul-coreana esteve em Lisboa, liderada por Peter Chung Soon-taick, padre sul-coreano da Igreja Católica, atual arcebispo de Seul e que recebeu das mãos de Francisco a cruz da JMJ (a cruz do peregrino de 3,8 metros de altura, construída para o Ano Santo de 1983 e confiada por Wojtyla aos jovens para levá-la ao redor do mundo).
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