Shalom

A fé pascal é ativa e nos conduz ao anúncio incansável do Ressuscitado

A Paz comunicada na Ressurreição nos envia às periferias do mundo, ao coração de cada homem e mulher, munidos da esperança que não decepciona

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Cristo Ressuscitou, Aleluia! Sim, verdadeiramente Ressuscitou, Aleluia!

Hoje é o dia por excelência de celebrar, cantar e festejar! O sepulcro está vazio, a vida triunfou, a paz profunda e verdadeira ecoou em nossos corações. Este mistério é infinito e incompreensível ao limitado entendimento humano. O majestoso, insondável, poderoso e soberano Deus, antes descido e humilhado pela Cruz, ressurge vitorioso e glorioso. Onde está, ó morte, a tua vitória? Ela não existe! O brado da vida foi entoado, a luz dissipou a escuridão, o luto e a agonia deram lugar à alegria e à paz.

Esta Paz que invade, converte, redime, plenifica e envia. Sim, envia! A paz que é fruto do choque da Ressurreição não conduz à inércia. Este não é o momento de descansar imóveis, a vitória de Deus sobre a morte não permite que nos limitemos à contemplação do mistério. O que acontece, na verdade, é exatamente o oposto: a Ressurreição é o envio por excelência para o combate, para a evangelização, para o testemunho do Reino de Deus que veio à nós para que possamos ir até Ele.

“A fé pascal, portanto, é tudo menos uma acomodação estática ou um pacífico conformar-se numa segurança religiosa qualquer. Pelo contrário, a Páscoa põe-nos em movimento, impele-nos a correr”, diz-nos o Papa Francisco na homilia da Vigília Pascal de 2025. Cristo não está no sepulcro, o túmulo está vazio. Ele não está lá, e por isso não podemos descansar enquanto não O encontrarmos. A Ressurreição faz-nos correr para procurá-lO, sem reservas, sem medos, sem condições impostas pela fragilidade da nossa fé.

Mas onde, Senhor, iremos encontrá-lO? No rosto de cada homem e mulher que ainda não O conhecem, que ainda não recebeu o toque da Ressurreição, que é carente de dignidade, de amor, de sentido de vida. Ele está vivo, Ele está no meio de nós, e ressuscitou para que pudéssemos encontrá-lO e conhecê-lO, e por Ele sermos recriados.

“Ele está vivo e permanece sempre conosco, chorando as lágrimas de quem sofre e multiplicando a beleza da vida nos pequenos gestos de amor de cada um de nós” – Papa Francisco

Neste dia santo, somos impulsionados ao serviço incansável, testemunhando Jesus Cristo, o primeiro e maior Servo de todos os servos. Ao exemplo dEle, este é o tempo de nos abaixarmos, lavar os pés, sofrermos e morrermos pelos que estão nas periferias do mundo, sem esperança, nem amor. Este é o dia em que a esperança floresce, o dia em que a promessa se cumpre e não nos deixa confundidos, nem decepcionados.

Ao chegar no túmulo vazio, Maria, num rompante, corre para anunciar que Ele vivo está, e é essa a nossa missão. Anunciar, evangelizar, amar, e fazer o mundo conhecer o Deus que redimiu o homem movido apenas por um amor profundo, capaz das últimas consequências. A Páscoa é o começo de uma longa e salvífica peregrinação que, conduzida pela esperança, nos conduzirá à vida eterna, à contemplação face a face com Deus.

A nós, como cristãos, cabe acolher este bálsamo de misericórdia e comprometer toda a nossa vida, em resposta de gratidão por termos sido resgatados da mansão dos mortos.

Sim, Ele vivo está! O Senhor Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!


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