Minha experiência com Santa Teresa de Jesus foi muito real, a ponto de tocar em momento certos e concretos da minha vida. Muitas pessoas acham que a amizade com os santos é algo mais imaginário e sentimental, mas não, eles podem nos tocar, podem nos falar, nos educar e apontar o caminho. Foi assim comigo.
Um dia um amigo me disse, de forma bem aleatória (eu achava) “vai ler caminho de perfeição” – mas naquele momento, ele só estava sendo instrumento de Deus. Comprei o livro. De cara entendi bem pouco … me parecia confuso. Foi quando levei uma grande rasteira da vida e quem estava bem perto era Sta. Teresa de Jesus e o seu caminho de perfeição. Dei outra chance pro livro, mas principalmente para a companhia, que eu tanto precisava naquele momento e foi alí que a amizade começou verdadeiramente.
Teresa me dizia, nos momentos mais difíceis e dolorosos que “tudo passa, Deus não muda, só Deus basta”. E como fui aprendendo a me bastar com Ele. Na época que eu mais me sentia fraca, ela me levantou do chão e me disse que as minhas falhas eram por falta de decisão mas que Deus iria se valer dos meus erros. Ela me ensinou que eu deveria ficar nos pés da cruz, junto com Maria e Maria Madalena, que Jesus queria a minha companhia naquele momento de solidão e humilhação… e de repente, o meu sentimento de humilhação foi embora, porque passei a amar o Cristo Crucificado e Ele me amou profundamente. Tocou a ferida. Doeu. Revivi.
Foi para Teresa que eu disse, pela primeira vez “sabe, eu acho que seria feliz com esse povo…”, o momento que assumi que talvez eu tivesse sim uma vocação (já que eu me achava a esquecida por Deus no quesito vocacional). E foi assim que assumi para a minha amiga que a vocação Shalom mexia comigo. E Deus se utilizou da sua serva fiel para entregar nas minhas mãos esse tesouro. E todos os dias ela me forma, me educa e me endireita.
“Espere um pouco, filha e verás grandes coisas”. Foi assim que ela me disse que 2018 seria um ano diferente, que novas e boas coisas viriam. E foi também com ela que caminhei pacientemente até o início da minha vida profissional. Sim, ela me acompanha. Ela vibra comigo. Ela me pede para esperar no banquinho da paciência junto dela até o momento de viver aquilo que Deus me pede, nos pede.
Eu sou muito grata à Teresa, porque ela se faz real todos os dias da minha vida. Quando tudo parece pesado ela vem me lembrar que com uma determinada determinação, a paciência tudo alcança.
Obrigada, Teresa, porque por tuas mãos, junto de Maria, Deus me escolheu!
Sarah Maria
Vocacionada Shalom em Belém do Pará