Em 2014, a Comunidade Católica Shalom chegou em terras alemãs. Depois de um ano de imersão na língua e na cultura do país, um grupo de missionários deu início às ações de evangelização na cidade de Arnsberg. Em abril deste ano, foi inaugurada a Lanchonete Shalom, que lá se chama Garage. Semanalmente no espaço, acontecem adoração e Santa Missa. Andreza Henriqueta, responsável pela missão, partilha sobre os trabalhos da Comunidade na Alemanha.
15 missionários estão à frente das atividades da missão. São 7 da Comunidade de Vida, 7 da Comunidade de Aliança e um jovem em missão que veio da Hungria. Existem dois grupos de oração, um de adultos e outro de jovens. Para Andreza, tem sido um tempo de aprendizado contínuo. “A palavra ‘processo’ define bem o que vivemos: é um processo, um caminho, de aprender cada dia mais a língua e a cultura, acolhendo dela o que é belo e bom, e evangelizando o que é contrário à Verdade”, partilha.
Os jovens alemães
Com a mesma sede de amor e de sentido de vida, os jovens alemães se unem aos jovens do mundo inteiro. A missionária comenta que a amizade é a melhor via para alcança-los. “Procuramos meios para fazer amizade com eles, como a música, a arte, o lazer, e assim ir trazendo para perto”, complementa.
Alguns testemunhos chamaram sua atenção ao longo desse tempo em missão no país. Entre eles, Andreza destaca dois: um jovem, que se dizia ateu, depois de participar de uma trilha de oração teve uma forte experiência com o Senhor; e uma jovem que acreditava racionalmente em Deus descobriu e experimentou a paternidade do Senhor em sua vida.
Uma resposta nova
Andreza nasceu em São Paulo e há 16 anos é missionária. Para ela, viver uma cultura diferente, como a alemã, é partilhar as alegrias e as dores do seu povo. “Sofremos as tentações que eles vivem na nossa carne e com isso somos chamados a dar uma resposta nova, evangélica, a elas”, afirma. Na inculturação, é possível apreender valores positivos que vão ao encontro do Evangelho. Sobre isso, a missionária destaca que a consciência do bem comum e a generosidade são dois aspectos muito presentes na vida do povo alemão.
Universalidade do Carisma
“Testemunho todos os dias a universalidade do Carisma que realmente não tem fronteiras e que atrai e apaixona pessoas das mais diversas culturas, porque é o Evangelho vivido… E o Evangelho atrai sempre”, ressalta. Para Andreza, viver a vocação em terras estrangeiras é viver dois movimentos: a necessidade de manter sempre a unidade, a comunhão com o fundador; e a necessidade de se esvaziar constantemente daquilo que não é essencial ao Carisma. Tudo isso para que tanto o Evangelho como o Carisma se encarnem na vida e na cultura de um povo.
“Posso dizer que é uma grande alegria ver Deus abrindo caminhos, atraindo irmãos de outras nações, como um dia aconteceu comigo… E ver neles a mesma alegria e o mesmo brilho no olhar de descobrir o amor de Deus”, partilha a missionária que vive essa experiência há 10 anos em terras europeias. Mesmo com esses anos de caminhada, Andreza comenta que “nunca estamos prontos, sempre há mais a aprender, a dar, mas é um caminho feliz e fecundo”.
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