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Descobri que a paz e a felicidade são uma pessoa: Jesus Cristo

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10636015_642371625879883_8326581728309171507_nTodos nós, consciente ou inconscientemente, buscamos a felicidade. Se buscamos a felicidade, buscamos a Deus e, inquieto está o nosso coração – ensina Santo Agostinho – enquanto não repousar nele. Só estamos em paz quando o encontramos. É desse encontro que vou falar.

Sempre me denominei católica e cresci em família católica, mas mesmo assim tinha uma imagem totalmente distorcida de Deus. Não o conhecia verdadeiramente. Via a religião como algo limitado a ir à missa – que por não entender o seu real sentido, por muitas vezes considerava entediante e repetitiva. Sabia que existia um Deus que me amava, mas não acreditava que esse amor fosse capaz de fazer qualquer diferença concreta na minha vida.

Para mim, Deus era como um mero expectador, que assiste ao espetáculo sem interferir na cena e, graças a esse estereótipo, vivi uma vida totalmente indiferente a Ele. Vivia cada momento por viver, como se nada tivesse um sentido maior. Tinha muitos amigos, saúde, família e motivos para ser feliz, mas dentro de mim existia um enorme vazio que me incomodava. Era como se, mesmo tendo tantas coisas, ainda me faltasse algo, que na época eu não sabia o que era. Mas eu sabia que eu não era feliz.

De 18 a 21 de fevereiro de 2012, tudo começou a mudar. Não tinha onde passar o carnaval nem gostava muito desse feriado, então, resolvi aceitar um dos tantos insistentes convites que meus primos me faziam e, com algumas amigas, decidi participar do retiro de carnaval da Comunidade Shalom, o Renascer. O que vivi naquele dia não pode ser transcrito em palavras, pois é algo grande demais para ser limitado. Posso apenas dizer que aqueles foram os dias mais importantes de minha vida, porque eu descobri que a paz e a felicidade que eu tanto procurei são uma pessoa: Jesus Cristo. Ele me encontrou! Descobri que sou amada e que esse amor muda tudo! Experimentei de Deus de uma forma que eu jamais havia imaginado ser possível e conheci uma Igreja que eu também não imaginava existir, uma Igreja Santa e jovem.

Aquele foi o primeiro encontro, foi onde eu descobri que Ele era quem me faltava e que o vazio que existia dentro de mim era do tamanho Dele, por isso não podia ser preenchido por outras coisas ou pessoas. A partir daquele dia, o Senhor começou a mudar a minha vida e principalmente a minha forma de vê-la. Descobri que a felicidade não está em viver uma vida acomodada, mas na decisão de, com radicalidade, fazer a vontade de Deus.

Hoje, praticamente três anos depois, essa experiência continua viva em mim, renova-se a cada dia e apenas cresce o meu desejo de me consagrar inteiramente a Ele. Posso afirmar com todas as letras que sou plenamente feliz por ter encontrado a Deus e a minha vocação. Minha vida como jovem cristã e católica não me prende nem me reduz em nada, nem é um sacrifício (como muitos podem pensar), mas dá sentido a cada coisa e me faz livremente querer ofertar-me e ser toda de Deus. Gostaria de terminar citando esse trechinho da homilia do Papa Emérito Bento XVI, que resume bem a minha história com Deus:

“Quem deixa entrar Cristo não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta. Assim, eu gostaria com grande força e convicção, partindo da experiência de uma longa vida pessoal, de vos dizer hoje, queridos jovens: não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, e dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a verdadeira vida. Amém.” (Bento XVI, Homilia da Missa de início do Ministério Petrino do Bispo de Roma, 24 de Abril de 2005.

 

Júlia Costa, 16 anos


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