Na manhã desta segunda feira, dia 12 de fevereiro, aconteceu no colégio Dom Bosco o segundo dia do Renascer. A pregação ficou por conta do padre Douglimar, de Fortaleza, sobre o tema: “Se posso? Tudo é possível para aquele que crê.” Para ele, nós devemos acreditar que Deus é o senhor de nossas vidas e não trocarmos essa certeza por nada.
“A paz e a felicidade são consequências dessa confiança”, afirmou. Nós como cristãos precisamos lutar para que os valores do evangelho sempre prevaleçam em nossas vidas e assim vamos conviver em comunhão, ao perdoar e compreender o irmão. Com isso, deixamos de lado todo ódio, rancor e ambição.
Dessa forma, o mal não será capaz de viver entre aqueles que tiveram ou desejam ter uma experiência com Jesus Cristo ressuscitado, já que Ele é um Deus que não nos oprime, mas nos resgata e nos segura pela mão. “Conhecendo esse amor, conheceremos a verdade e seremos livres para viver a real experiência de felicidade e confiança”, finalizou.
O período da tarde foi voltado para o momento de formação. O curso dos jovens sobre Castidade foi apresentado por Pabline Coimbra, discípula da comunidade de aliança. Segundo ela, o coração tem uma inclinação natural para o que é puro. “Quando se tem uma vida casta é possível organizar a vida afetiva”, explicou ela. Os cristãos devem seguir a castidade como um estilo de vida.
Pabline explicou aos jovens como alcançá-la. Ela fez uma comparação com o tripé, que representa o amor, pois sustenta e mantém firme a castidade. A base do tripé é constituída por três dimensões: corporeidade, afetividade e decisão. A corporeidade representa o físico como a presença, o carinho e o afeto. A afetividade é demonstrada no emocional com a confiança, alegria e o respeito. A decisão significa renúncia, sacrifício e espera. “É um tempo que purifica”, ressaltou ela. Se retirar uma dessas dimensões o tripé não se sustenta e cai.
O curso voltado para as famílias com o tema “relacionamento conjugal” foi ministrado pelo casal Tavito e Patrícia, casados há 25 anos e consagrados da Comunidade de Aliança. O relacionamento dos dois se iniciou com um movimento de aproximação e em seguida uma percepção dos interesses em comum. “Ela foi o grande socorro de Deus na minha vida”, afirmou Tavito.
Patrícia ressaltou que junto com o amor foi crescendo o perdão porque a raiva não pode ser o grande motivo para o fim de um relacionamento. “Nós precisamos levar a sério que para Deus nada é impossível”, explicou. É um relacionamento em três pessoas com Deus no centro. Aprender a lidar com a raiva e estabelecer um limite é essencial para os dois. Se a raiva for estimulada é capaz de destruir o amor. “Um relacionamento acaba quando ambos não cuidam. Quando as características do outro te afetam é necessário aprender a conviver com essa limitação. Para isso é preciso ser misericordioso”, explicou Patrícia.
A dificuldade de comunicação pode ser um problema para os casais. Para isso, é preciso ter momentos de conversa com qualidade e aproveitar os momentos que estão juntos. “É importante o zelo pelo tempo a sós e ser criativo”, frisou ela. A oração deve estar presente em todas as atividades do casal para servir como base do relacionamento.
O curso de espiritualidade com o tema “Transformar a dor em Amor” foi ministrado por Kátia Estevão, consagrada da comunidade de aliança. Ela falou que nós vivemos em uma sociedade que não encara o sofrimento da maneira correta. Durante o curso ela esclareceu que existe uma cultura estabelecida entre as pessoas. “Quando o sofrimento chega na nossa vida não temos a força necessária para resolver e as pessoas buscam esconder o problema com algo desnecessário”, afirmou. Durante o curso ela mostrou a importância do sofrer na vida de um cristão. “O sofrimento para nós é uma oportunidade de crescimento, amadurecimento e fortalecimento”, ressaltou.
Existem dois tipos de comportamento de como as pessoas encaram a dor: algumas colocam o sofrimento debaixo do tapete e outros se fazem de vítima para os outros. Nenhum dos dois comportamentos é saudável. “É preciso dar tempo ao sofrimento”, recomenda.
Ao concluir a palestra lembrou que desde a nossa infância sofremos perdas. É preciso encarar que sempre perdemos algo durante toda a nossa vida. “O sofrimento não é para ser esquecido ou negado. É necessário direcionar a nossa dor para Deus e recebermos Dele a misericórdia “, completou.