Os membros da missão de Fortaleza estiveram reunidos no encontro das Comunidades de Vida e Aliança (CACV) neste fim de semana, 28 e 29 de outubro. A programação focou na experiência da Convenção Shalom que comemorou os 35 anos da Comunidade, realizada de 3 a 9 de setembro passado, em Roma e Assis.
Ainda em clima de celebração pelo 35 anos da vocação Shalom, as formações do CACV aprofundaram as palavras do Papa Francisco, na audiência com os mais de 3 mil peregrinos no Vaticano, e as homilias de cardeais que celebraram na Convenção.
A assistente apostólica da Comunidade, Gabriela Dias, refletiu sobre a complementariedade das gerações, tema abordado pelo Papa Francisco. “Os jovens esperam o testemunho dos mais antigos da Comunidade. Como passar o Carisma?”, interrogou. “É preciso voltar ao essencial. As novas gerações vão se sentir atraídas quando nos virem rezando de joelhos. É preciso buscar a vida de oração. Crescer na intimidade com o Amado das almas”. Ela também questionou: “Como estou envelhecendo? Entediada ou cheia de sabedoria?”
Padre Denys Lima abordou a autorreferencialidade com base na resposta que o Papa deu a Justine na audiência. Ela perguntou ao Santo Padre como sair de si, mesmo sendo jovem na fé. Para o sacerdote, a Comunidade Shalom é chamada a se reformar todo dia. “É tempo de dar-se, de derramar-se, de declarar a morte do eu, de ser canal do rio de água viva”, disse. “Não se acomodar mas lançar-se aos outros”.
O responsável pela missão de Fortaleza, padre Sílvio Scopel, usou a homilia de Dom Rino Fisichella, na abertura da Convenção. O cardeal disse que, após 35 anos, a Comunidade está apenas no seu início. Padre Sílvio destacou que é preciso um novo início. “Vamos retomar a graça de ser pastor dos jovens e dos que não conhecem a Deus. Vamos partir em missão”, motivou. “Ainda somos pequenos. Estamos em 29 países em meio a mais de 200 nações. Estamos em 27 bairros de Fortaleza em meio da mais de 160 bairros”. Ele ainda destacou que a alegria da ressurreição de Cristo preenche os corações. “O não evangelizar é se poupar de uma alegria. A única tristeza é o pecado. Vamos banir a autorreferencialidade, o pecado? Vamos começar tudo de novo?”