A última Missa dos Novendiais foi celebrada no domingo, 4 de maio, pelo cardeal protodiácono Dominique Mamberti. Em sua homilia, Mamberti meditou sobre a missão de papado, partindo do evangelho da liturgia que narra o encontro de Jesus ressuscitado com os discípulos em que ele confirma Pedro como pastor da Igreja.
Leia também | Entenda “A verdade sobre a eleição papal” com Dom Gregório Paixão, OSB
“Simão compreende que o seu pobre amor basta a Jesus, o único amor de que é capaz. (…) É precisamente esta adaptação divina que dá esperança ao discípulo, que conheceu o sofrimento da infidelidade. (…) Daquele dia em diante, Pedro “seguiu” o Mestre com a consciência precisa da sua própria fragilidade; mas esta consciência não o desanimou. Sabia, de facto, que podia contar com a presença do Ressuscitado ao seu lado (…) e assim também nos indica o caminho”.
Mamberti lembrou que “esta Missão é o próprio amor, que se torna um serviço à Igreja e a toda a humanidade”.
Mamberti também lembrou a força de Francisco ao exercer sua missão de pastor da Igreja. “Estive perto dele no Domingo de Páscoa, na galeria das bênçãos desta Basílica, testemunha do seu sofrimento, mas sobretudo da sua coragem e da sua determinação em servir o Povo de Deus até ao fim”.
Missão fundamentada na adoração
E finalizou sua reflexão ressaltando a missão da Igreja está fundamentada na adoração.
“Essa capacidade que a adoração proporciona não foi difícil de reconhecer no Papa Francisco. Sua intensa vida pastoral, seus inúmeros encontros, estavam fundados nos longos momentos de oração que a disciplina inaciana havia impresso nele. Muitas vezes ele nos lembrou que a contemplação é “um dinamismo de amor” que “nos eleva a Deus, não para nos separar da terra, mas para nos fazer habitar nela profundamente”.