Meu esposo após passar o dia todo enfermo precisou ir para o hospital. Enquanto ele aguardava, combinamos que eu iria ver alguma coisas para o aniversário de uma das nossas filhas, pois logo mais teria que ir buscar também outra filha no colégio para levá-la a uma consulta.
Fui apressada ao centro da cidade, quando estava passando por um grande cruzamento, onde tinha um posto de gasolina, em uma das esquinas vejo uma mulher, que carregava 2 fardos d’agua, cair no chão, desfalecendo.
Instintivamente parei o carro no meio do cruzamento, abri a porta e fui socorre-la, juntou um monte de gente, um senhor me ajudou a pegá-la, estava realmente desorientada, perguntei seu nome, ela disse: ‘Cris’, com a queda machucou muito os 2 joelhos, estavam sangrando e o tornozelo direto sangrando e aparentemente inchando.
Fui arrumar o carro, pois estavam todos buzinando e o senhor me disse, vá eu fico com ela. Só encostei o carro no posto e voltei. Tentamos levantá-la mas ela estava com muita dor. Nessa hora, do nada começou a chover forte. Todos foram se abrigar, exceto eu e o senhor. Nesse momento, molhada, olhei para o relógio, pensei nos meus, já desisti de comprar o que faltava, perguntei: Cris, onde você mora? Ela respondeu – Caucaia, não sabia bem onde era, só que era longe. Mas na minha cabeça, eu era responsável por levá-la até sua casa. O senhor me olhou e perguntou onde eu estava indo, respondi que ia ver meu esposo que não estava bem e levar minha filha a uma consulta.
Ele me olhou e falou com calma: “eu vou levar ela pra casa”. Eu disse: “não se incomode senhor, eu levo”. Ele: “eu não tenho filho e esposa me esperando, trabalho de uber, estou no horário de serviço e posso levar”. Fiquei atrapalhada, realmente não esperava, perguntei se ele tinha certeza e quanto ficaria para levá-la. Ele continuo tranquilo e disse: “moça, não se preocupe, eu cuido disso! Às vezes é só Jesus nos visitando e não poderia perder a oportunidade de levá-lo para andar meu carro…” e deu um sorriso. Fiquei olhando, encantada, e ele continuou, “além do mais o Senhor nunca me desamparou quando precisei de ajuda, não vou desamparar essa pessoa que está precisando”.
Fiquei desconcertada, olhei para ela e disse: “Cris, olha como Deus é bom, ele vai te levar pra casa e se Deus quiser você vai ficar melhor, pegar seus documentos e ir a um médico”. Ela chorou agradecida, chamei um jovem que passava para ajudar a levá-la para o carro. E nos despedimos.
Moral da história:
– Na correria, não perguntei o nome daquele senhor, provavelmente jamais vou saber, mas com certeza nunca esquecerei a lição que me ensinou: TODOS SOMOS DEVEDORES UNS DOS OUTROS! Pois Jesus disse quando fizeres aos outros é a Mim que estarás fazendo!
– As vezes ficamos tão chocados com as maldades do mundo que nos esquecemos de nos MARAVILHAR com a BONDADE DA CARIDADE!
– Esse senhor não olhou somente para a necessidade da Cris, mas também a minha, se preocupou com minhas preocupações e se antecipou na Caridade.
– E por esses motivos é que podemos sempre dizer: SIM! HÁ ESPERANÇA!