A convicção de Carlo a respeito da presença real de Jesus na Eucaristia era tanta que, em certa ocasião, seu pai, André Acutis, perguntou se ele gostaria de ir a Jerusalém para visitar os lugares por onde Jesus havia passado, o que prontamente Carlo respondeu: “prefiro ficar em Milão, onde posso encontrá-Lo hoje no sacrário, em cada igreja”. Desse modo, Carlo não perdia a oportunidade de se encontrar com Jesus todos os dias, em adoração, antes ou depois de participar da Santa Missa.
Segundo o Catecismo, a adoração é o primeiro ato da virtude da religião (cf. §2096), o que quer dizer que, ao adorar, reconhecemos Deus como Deus, Senhor, Rei, enfim, como o dono de nossas vidas, pois Ele é o Criador de todas as coisas e nós somos Suas criaturas. Tal gesto deve gerar uma profunda gratidão em nosso coração e selar em nós a nossa pertença a Ele. Assim, na adoração, descobrimos o nosso lugar diante de Deus, o Onipotente, e, por isso, podemos crescer na virtude da humildade e na rendição à Sua santa vontade para nossas vidas.
A Adoração na Comunidade Shalom
A Comunidade Shalom, desde seus primórdios, sempre privilegiou os momentos de adoração, pessoais e comunitários, como lugar de encontro, aprofundamento da amizade divina e intercessão. A adoração é ainda expressão do nosso amor pela presença real de Jesus na Eucaristia e fonte de paz, onde o coração do homem é verdadeiramente pacificado.
Em diversas missões, a Comunidade Shalom conta com a adoração perpétua como fonte de alegria e robustez espiritual para os shalomitas do mundo inteiro, como uma forte rede de graças que vai reverberando por todo o corpo comunitário e também para os que são engajados na Obra Shalom.
Os frutos de crescimento espiritual, humano e vocacional que são gerados a partir do encontro com o Esposo Eucarístico são inúmeros, mas podemos resumi-los na máxima de São João Paulo II que disse: “tu te tornas aquilo que contemplas”. Em outras palavras, diante do Santíssimo Sacramento, nossa vida é eucaristizada, ou seja, santificada e transformada em oferta, unida à oblação de Jesus Cristo na Cruz.
Carlo, um jovem eucaristizado
Carlo, como tantos outros santos e beatos, teve sua conversão forjada diante de Jesus Eucarístico. Ele experimentou em si este crescimento prodigioso no nível de santidade, o qual mencionou em seu kit para se tornar santo. Foi gastando tempo diante do sacrário que o Evangelho encarnou-se em sua vida de modo extraordinário.
Nós também somos chamados a fazer essa experiência de conversão e santificação através da adoração ao Santíssimo Sacramento, como vemos retratado em uma metáfora de Carlo, quando tentava explicar os efeitos da exposição das nossas almas e corações diante de Jesus Eucarístico: “Se você permanece de frente para o sol, ficará bronzeado, mas quando está diante de Jesus, na Eucaristia, você se torna um santo”.
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