“Não é bom que o homem esteja só” (Gên 2,18), é uma constatação do próprio Senhor. Criado à imagem e semelhança da Trindade, o homem precisa experimentar o diálogo, a unidade, a partilha, a oferta de si. O ser humano foi criado para se relacionar, por isso Deus o criou como homem e mulher. “O homem e a mulher são feitos um para o outro: não que Deus os tivesse feito apenas ‘pela metade’ e ‘incompletos’; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser ‘ajuda’ para o outro” (Catecismo da Igreja Católica, 372).
“Deus nos escolheu para sermos “ajuda”, o socorro dele um para o outro.Nosso casamento é um propósito de Deus. Essa é nossa felicidade! ”.
Confira o testemunho do casal, Gleise e Diêgo Prado, membros da Comunidade de Aliança da Comunidade Católica Shalom, em Aracaju.
“Antes de iniciarmos o namoro, fomos convidados a conhecer e trilhar um caminho até então desconhecido para nós (pois havíamos começado há pouco tempo na Obra Shalom e não nos conhecíamos bem), que chamamos comumente de caminhada. Esse período foi importante porque aprendemos o valor da amizade, da partilha de vida e da oração em comum. Numa das primeiras orações que fizemos juntos, o Senhor nos falou do homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha, vieram as enchentes e os ventos fortes, mas ela não caiu (Cf Mt 7,24-27). Tomamos essa palavra como uma bússola que foi nos orientando ao longo do caminho.
Como qualquer casal jovem, tivemos durante o namoro vários desafios: nos “ajustarmos” ao outro, apesar de sermos tão diferentes; renunciarmos à vontade própria; vivermos a castidade necessária; sermos testemunhas para outros casais de que valia a pena lutar por um namoro santo.
Nos sete anos de namoro, crescemos na amizade, cumplicidade e na oração como casal, quando então compreendemos o desígnio de Deus que nos havia criado para o matrimônio.
Hoje, após seis anos de casados, vemos o quanto foi importante termos vivido um namoro fundamentado em Deus. Por isso mesmo, a decisão de casar não se tratou de uma aposta feita às cegas ou da realização de um sonho de conto de fadas nem tampouco de uma decisão tomada no afã de sentimentalismos.
Nosso casamento, assim como o namoro, é um caminho que tem sido trilhado com desafios, mas, sobretudo com a alegria do conhecimento mútuo, da busca de santidade comum e da companhia constante de Deus. Como diz a música: “Até aqui o Senhor nos ajudou…”. Sem Ele, com certeza não teríamos conseguido chegar até aqui. E Ele mesmo continuará nos ajudando, se nos dispusermos a tê-lo como Senhor e sentido do nosso matrimônio.
Assim como podemos dizer que nosso casamento é um namoro que deu certo, podemos dizer também que é uma “caminhada” que tem dado certo. ”
Gleise e Diêgo Prado
Comunidade Católica Shalom, Aracaju (SE)