A fase arquidiocesana do processo de beatificação de três brasileiros foi concluída. Agora o processo segue sob os cuidados do Dicastério para as Causas do Santos, que vai examinar os documentos apresentados com as virtudes heroicas, depoimentos e relatos de graças alcançadas. São eles: padre João Maria Cavalcanti de Brito (1848-1905), irmã Adélia Carvalho (1922 – 2013) e madre Vitória da Encarnação (1661 – 1715).
>> Acompanhe a Comunidade Shalom no YouTube
A partir de agora um relator será nomeado para cada um dos candidatos à beatificação. Ele será responsável por formular um documento chamado Positio, que contém a biografia, testemunhos e relatos sobre a prática das virtudes.
Após a formulação da Positio, o documento será avaliado por duas comissões, uma delas formada por bispos e cardeais. Se aprovada, ela é por fim apresentada ao Papa. A partir daí, o servo de Deus passa a ser venerável, por ter reconhecido suas virtudes heroicas.
Padre João Maria Cavalcante de Brito
Nascido em 23 de junho de 1848, padre João Maria Cavalcanti de Brito é natural da zona rural do município de Caicó, no Rio Grande do Norte. Foi ordenado padre no Ceará, em 30 de novembro de 1871. Atuou em vários municípios do seu estado natal e ficou conhecido como o “anjo de Natal”, por seus trabalhos com os mais necessitados. Ele também ajudou no combate à seca e na luta contra a epidemia de varíola, doença de que veio a falecer em 16 de outubro de 1905.
| Leia também: Cerca de 210 causas de beatificação estão abertas no Brasil, afirma relatório
Irmã Adélia
A serva de Deus irmã Adélia é uma das videntes de Nossa Senhora em Cimbres (PE). Nascida em 16 de dezembro de 1922, em Pesqueira, irmã Adélia presenciou a aparição de Nossa Senhora em 1936 e 1937, na região de Cimbres. Ela entrou para as Irmãs Damas em 1941 e se dedicou à formação dos mais pobres. Morreu em 13 de outubro de 2013, em Recife, aos 90 anos.
Madre Vitória da Encarnação
Vitória da Encarnação nasceu em Salvador, em 6 de março de 1661. Com 25 anos, entrou para o noviciado das clarissas do Convento do Desterro da Bahia. Fez profissão solene em 21 de outubro de 1687. Dotada de dons místicos, se transfigurava quando fazia a via-sacra, todas as sextas-feiras do ano. Entre as virtudes apontadas, em relatos, sobre a Madre Vitória da Encarnação, está o dom que ela tinha de sonhar com as pessoas necessitadas e, em seguida, enviar ajuda. Madre Vitória faleceu em 19 de julho de 1715. No momento de sua morte as religiosas disseram ter sentido uma maravilhosa fragrância de rosas a inundar as dependências do mosteiro. Ao se espalhar a notícia de sua morte, uma grande multidão se aglomerou diante do convento. Logo toda a cidade ficou a saber, pois diziam ter morrido a “santa da Bahia”.
| Leia também: Igreja poderá ter nova santa nascida em Salvador (BA)