Pessoas normais. Sim, os celibatários são pessoas normais. Eles utilizando de sua liberdade escolheram canalizar o seu amor para a humanidade à dá-lo exclusivamente a uma pessoa. Unem-se deste modo a Cristo Jesus, que quando viveu no meio de nós escolheu esta forma de vida para si.
O celibato não é um privilégio reservado aos sacerdotes. Homens e mulheres espalhados por todo mundo fazem essa experiência que em nada estorva sua sexualidade, ao contrário plenifica-a tanto quanto o matrimônio.
Na Igreja católica observa-se no fenômeno das Novas Comunidades a crescente adesão, sobretudo de jovens, ao celibato pelo Reino. E isso não se deve a uma fuga mundi, decepções amorosas ou falta de perspectivas para se construir um futuro.
Num mundo hedonista que reduz sexualidade à genitalidade, que exalta o sensualismo e incentiva o sexo livre com fim em si mesmo falar de celibato parece um disparate, ainda mais vivê-lo.
A Igreja percebe os inúmeros frutos na vida de quem faz essa opção, por isso incentiva e defende tal prática. Desde o século XI o celibato foi decretado como condição para o exercício do sacerdócio. De lá para cá já se vão dez séculos e a Igreja não pensa em alterar essa norma como asseverou o prefeito para a congregação para o clero, cardeal, d. Cláudio Hume.
O celibatário oferta por amor, a possibilidade de poder construir uma família consangüínea para entregar-se a uma família muito maior: a humanidade. Engana-se quem compreende o celibato como castração. Ele dá liberdade e potência ao amor humano tornando-o universal.
O celibato pelo Reino é um caminho de felicidade. Precisa-se de coragem para quebrar paradigmas e não pensar como a massa. Os que se aventuram em nadar contra a maré descobrem o segredo da felicidade. Quem se deixa levar pela corrente nem percebe a beleza desta faceta do amor, plena de doação.