Antes de você começar a ler essa matéria me permita pedir desculpas, pois palavras jamais serão suficientes para descrever o clima, a sensação e a energia que envolveu todo povo de Chaves, na Ilha do Marajó, durante a Festa das Cores, promovida na última quinta-feira, 15, no gramado entre a Prefeitura da cidade e o Colégio Magalhães Barata. Achou estranha essa referência do local? Pois é, é assim que as pessoas se localizam na região, por meio de pontos de referência e não pela tradicional classificação por ruas.
A cidade é pequena e de qualquer ponto era possível ouvir as batidas eletrônicas usadas inicialmente para atrair a juventude até o local. Aos poucos, vários grupos de crianças, jovens, adultos e idosos, ainda tímidos, se aproximavam da tenda da festa e eram convidados pelos missionários do Programa de Voluntariado Shalom para participar do evento.
Ainda com o sol raiando no céu começaram a serem distribuídos os saquinhos com o pó colorido e nos semblantes dos participantes nativos era possível perceber a expectativa e a ansiedade por viverem aquela novidade. “Vamos juntar todo mundo pertinho e no três o DJ vai soltar a música, daí eu quero ver todo mundo sair do chão e colorir o céu de Chaves”, disseram os animadores da festa, Samuel Costa e Francisco Leonardo.
1,2,3! Sorrisos, pulos, abraços, fotos, afeto e muita animação. A alegria de ser de Deus tomou conta do espaço e aqueles que estavam inibidos puderam tocar no Shalom da Paz de um jeito simples e ao mesmo tempo inovador para os habitantes do local. Segundo Silvânia Chagas, coordenadora apostólica da missão, sempre foi um desejo dos missionários locais realizar a festa das cores, “a presença dos voluntários foi mais um impulso para executarmos aquilo que Deus já havia nos inspirado. Alguns dos jovens que estavam ali descobriram naquela noite que é possível ser feliz sem o uso de drogas ou bebidas”.
Na manhã desta sexta-feira, 16, os missionários, Renata Sara e João Figueiredo, saíram para fazer compras e disseram que a cidade amanheceu diferente. Vários estabelecimentos doaram alimentos para o preparo da refeição dos voluntários na cidade em agradecimento a noite anterior. “As pessoas estão com semblantes mais alegres e me olharam de um jeito que transpassa gratidão. Percebi isso não só dos participantes, mas daqueles que apenas assistiram o evento de longe, mas que certa maneira foram tocados por esse amor que nos ultrapassa”, destacou Renata.
Samuel Costa
Missionário da Comunidade Católica Shalom (Missão BH)
Linda e tocante esta matéria! Louvo a Deus por essa missão. Este é o verdadeiro sentido do chamado de Jesus. Ide e pregai o Evangelho! Que Deus abençoe grandemente a missão da Shalom