Deus, em Sua imensa misericórdia, nunca nos pede nada sem nos conceder as oportunidades concretas, em nosso dia a dia, de vivermos a Sua Vontade. A dimensão da Comunhão de Bens, a qual somos chamados a viver, é uma fecunda oportunidade, uma sábia inspiração divina de correspondermos a vários aspectos da nossa Vocação.
Escondido no gesto humilde da devolução de tudo o que temos e somos, expressos nos 10% (para a Obra Shalom) ou nos 15% (para a Comunidade de Aliança) do que ganhamos, se encontra um meio seguro para crescermos na gratidão, na fé, na oferta de vida e na vivência dos conselhos evangélicos: obediência, pobreza e castidade. Por isso que de inúmeras formas somos tentados a não devolvermos a nossa Comunhão de Bens, já que este ato só nos leva a um amadurecimento espiritual e vocacional.
Tudo aquilo que temos é sinal do amor e da providência divina. Portanto, tudo pertence a Deus. Nós somos meros administradores dos Seus bens, por isso utilizamos a expressão “devolver” em relação à Comunhão de Bens. Devemos devolver a nossa Comunhão de Bens como forma de gratidão a Ele, assumindo uma postura de confiança, acreditando que nada nos faltará, que o Senhor nos dará o necessário para vivermos.
Quanto a isso, tenhamos o cuidado para não adotarmos uma mentalidade como a da “teologia” da prosperidade, e passemos a fazer a nossa Comunhão de Bens acreditando que Deus nos dará mais, que Ele aumentará a nossa renda, por exemplo, e transformemos este gesto gratuito numa ação interesseira e ambiciosa. Costumamos cantar frequentemente que queremos entregar, ofertar e dar de graça tudo o que temos e somos, a devolução da Comunhão de Bens é um ato no qual a nossa canção pode se encarnar, tornar-se vida.
Sabemos ainda o quanto a obediência, a pobreza e a castidade são virtudes interligadas e interdependentes, e o elo que as une é o amor. Também este pequeno gesto da devolução da Comunhão de Bens, se realizado com amor, faz-nos adiantarmos na obediência, já que a comunhão de tudo o que temos trata-se de uma ação estatutária, ou seja, um mandato encontrado em nossos Estatutos; na pobreza, visando que assim alegamos que nada nos pertence, tudo é de Deus, nos abandonamos nas Suas mãos providentes e nos livramos do fardo das posses; e, por fim, na castidade, deixando que Deus purifique e ordene nossa relação com o dinheiro e com os bens materiais.
Agarremos, portanto, irmãos, esta preciosa via para avançarmos na santidade, zelando pela devolução de tudo que somos e temos na prática da Comunhão de Bens. Peçamos ao Senhor que Ele aumente “a nossa fé e a nossa generosidade, para que por meio da nossa fidelidade à Comunhão de Bens, possamos ser construtores responsáveis dessa Obra que nos foi confiada, e beneficiários” das Suas promessas.
São José, rogai por nós e providenciai!
André Lira
Jovem da Obra da Missão de Garanhuns
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