O segundo dia do Congresso de Santa Teresinha, promovido pela Comunidade Católica Shalom, foi marcado por profundas reflexões sobre a vida e a espiritualidade desta grande santa. Daniel Ramos, consagrado da da Comunidade Vida, destacou a dimensão eucarística e mariana na vida de Santa Teresinha, além de sua paixão e seus últimos momentos antes da morte, levando os participantes a uma reflexão sobre o amor incondicional de Teresinha por Jesus e sua entrega total pela salvação das almas.
A Dimensão Eucarística e Mariana de Santa Teresinha
A Eucaristia ocupava um lugar central na vida de Santa Teresinha. Daniel Ramos explicou que foi na comunhão eucarística que Teresinha viveu sua mais profunda união com Cristo. Inspirada por Maria, ela experimentava essa comunhão como um ponto culminante de sua entrega e recapitulação de toda a criação em Cristo. Na Santa Missa, Jesus entra no coração dos fiéis através de seu Corpo e Sangue, proporcionando uma união transformadora.
Daniel também diferenciou o remorso do arrependimento. Segundo ele, o remorso está enraizado no nosso ego ferido, enquanto o arrependimento brota do amor que sentimos por Deus, e pela dor de ter ofendido o Amaro. Teresinha, ao longo de sua vida, soube reconhecer a misericórdia divina, esperando de Deus a santidade e oferecendo-se como oferta e holocausto de amor a Jesus.
A Paixão e o Sofrimento de Santa Teresinha
Em sua pregação, Daniel Ramos relembrou momentos difíceis da infância de Santa Teresinha, como o período entre os 4 e os 11 anos, quando ela afirmava não saber amar o sofrimento. Contudo, essa percepção mudaria ao longo de sua vida, à medida que ela aprendia a unir seus sofrimentos aos de Cristo.
Daniel destacou que os santos, incluindo Santa Teresinha, são pessoas comuns que passaram por grandes sofrimentos, mas souberam atravessar esses momentos com alegria. Segundo ele: “A forma de pensar dos santos é segundo o evangelho e o evangelho é o mundo ao contrário.“
Teresinha também experimentou a “noite da fé”, um tempo de profunda escuridão espiritual, onde crer exigia dela um esforço heróico da alma. Em seu Manuscrito C, ela expressa esse sofrimento interior, que unia de forma misteriosa pecado e graça, dor e alegria. Em meio a suas dores físicas e espirituais, Teresinha afirmava: “Eu não me arrependo de ter me entregado ao amor”.
Os Últimos Momentos de Santa Teresinha
Nos seus últimos dias de vida, Santa Teresinha viveu sua paixão no corpo e na alma. Mesmo em meio à agonia final, seu desejo de sofrer por Jesus não diminuía. Até o último suspiro, Teresinha foi fiel à sua entrega total, revelando que todo o seu sofrimento era vivido como uma oferta de amor a Cristo. Daniel Ramos enfatizou que Deus permitiu que Santa Teresinha experimentasse um sofrimento tão profundo porque, assim como ela, ele deseja que os fiéis aprendam a confiar e a se entregar completamente ao Seu amor misericordioso.
