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Conheça a história do ícone para o qual o Papa rezou pedindo o fim da Pandemia

No ano de 590, Roma foi atingida pela peste negra, uma das piores da humanidade. A doença se manifestava através da peste bubônica, transmitida através de pulgas e ratos infectados e da peste pneumônica. Neste tempo de Pandemia, mais uma vez o olhar do Papa se volta para a Virgem Maria.

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Na tarde do dia 15 de março, Papa Francisco foi rezar para pedir a Deus o fim da Pandemia do novo Coronavírus. Sua primeira parada foi na Basílica de Santa Maria Maior, local onde guarda o ícone Maria Salus Populi Romani (Maria protetora do povo romano). A história do ícone nesta pandemia, é a história da igreja também, não só nas pandemias mas foi recorrida em várias pestes ao longo das décadas.

Na última sexta-feira (27/03), ele contemplou mais uma vez a mesma imagem da Virgem Maria, rezando com toda a humanidade a bênção Urbi et Orbi, em um dia chuvoso no Vaticano, marcante para os fieis que acompanharam a transmissão em todo o mundo.

Este ícone está colocado acima do altar da Capela Paulina, construída justamente para custodiá-lo. Acredita-se que São Lucas teria pintado a imagem que passou a ser invocada como a protetora do povo romano em momentos de pestes, desastres naturais e guerras, ao longo da história.

A imagem teria sido trazida a Roma por Santa Helena, mãe de Constantino. Em pleno verão de 358, no hemisfério Norte, caiu neve em um local que foi indicado pela Virgem Maria, em sonho ao Papa Libério, como o indicado para ele construir um local culto.

No ano de 590, Roma foi atingida pela peste negra, uma das piores da humanidade. A doença se manifestava através da peste bubônica, transmitida através de pulgas e ratos infectados e da peste pneumônica, contraída pelas vias respiratórias a partir do contato com outras pessoas. 

Foi nesse cenário desolador que o Papa Gregório Magno fez levar pelas ruas de Roma o ícone de Maria Protetora do povo Romano e a peste cessou.

Papa Gregório XVI rezou com esta imagem para que a Cidade Eterna fosse poupada da cólera, outra pandemia que assolou a humanidade, o século XIX. Em 1953 foi feito uma estátua da Maria Salus Populi Romani, como cumprimento de um voto popular pela pacificação da Segundo Guerra Mundial.

Papa Francisco rezou pelo fim da pandemia do novo Coronavírus.

“Das obras romanas de Dom Orione [que promoveu este voto aos fiéis]  partiu, em seguida, a iniciativa de recolher assinaturas para um voto à Nossa Senhora, ao qual aderiu mais de 1 milhão de cidadãos.

O Venerável Pio XII acolheu a devota iniciativa do povo que se confiava a Maria e o voto foi pronunciado em 4 de junho de 1944, diante da imagem de Nossa Senhora do Divino Amor.

Exatamente naquele dia, houve a pacífica liberação de Roma”, discursou Papa Francisco durante bênção da imagem restaurada.

O Papa São João Paulo II alargou a devoção à Virgem protetora de Roma extrapolando os muros de Roma. O então pontífice entregou o ícone aos jovens em 2000 por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ)

A partir da JMJ de Colônia, na Alemanha, celebrada por Bento XVI, em 2005, todos os eventos subsequentes viram uma cópia da popular imagem mariana trazida em peregrinação ao redor do mundo, juntamente com a Cruz peregrina.

Em 2013, em um apelo pela paz entre as nações em conflito, o ícone de Maria salus populi romani foi entronizado na Praça de São Pedro onde os fiéis  rezaram o Terço e ouviram a meditação do Papa Francisco.

A Comunidade Shalom se uniu ao ato através de um comunicado de seu moderador Moysés Azevedo.

“Pedimos que a Comunidade se una aos atos litúrgicos das Igrejas Particulares de onde esteja presente, além de abrir as portas das nossas casas e centros de evangelização para acolher a todos aqueles que desejem se unir em oração ao grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! (Papa Francisco, Angelus 1 de Setembro 2013)”, escreveu Moysés.

Por Francisco Souza

 

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