– Não há outra forma. Para viver bem a missão, é necessário amar a Deus até o fim, dar a vida por Ele e pelos Seus. Os meninos entenderam isso com o tempo.
Percebi que o Filho observava a Mãe o tempo todo. Que se alegrava quando Ela sorria e ficava sério enquanto contava sobre os momentos tristes. Mas sempre reagia. E tudo o que sentia partia da Mãe. Ele ama a humanidade através dela. E como ama!
Sempre que a Mãe pede, Ele realiza. É tão bonito compreender. Ele não nega nada, porque Ela o ama gratuitamente.
Ela percebeu que Ele a observava enquanto falava e subitamente mudou de assunto e começou a falar de Sua infância:
– Yeshua era um bom menino. Todos ficavam muito felizes em vê-lo. Depois que voltamos do Egito, fez grandes amigos, sempre tão prestativo. É… Ele era uma criança linda.
O Filho sentou perto Dela. E sorria como quando era criança. Ela notou os sorrisos:
– Quando Ele deu os primeiros passos, foi emocionante. Dava um passo e sorria, dava um passo e sorria. Ele estava sentado brincando, quando José entrou em casa Yeshua deu um grito, sorriu, colocou as mãos no chão e levantou. Eu estava só observando… – olhou para o Filho – José ainda não tinha percebido, estava lavando os pés quando ergueu os olhos e ficou paralisado. Yeshua estava em pé e cada vez mais próximo dele. Os dois ergueram os braços, e se abraçaram. José começou a pular pela casa com Yeshua nos braços. Cantava “Ele andou! Ele andou! Miriam, O menino está andando! Veja só!”. Mas não colocava O menino no chão, os dois sorriam e cantavam. Aquele foi um dos dias em que louvei com muita alegria a Deus por ter me criado para ser mãe.
O Filho abraçou a abraçou enquanto sorria pelas lembranças. Ela continuou por um tempo, ao perceber que estava longe do que estava contando, disse:
– Mas… voltando ao assunto…
Continua…
Maria Angélica