Aviso importante: Esta é última parte daquela magnífica história que a Mãe nos contou sobre quando o Filho sofreu Sua paixão, morreu, ressuscitou e conviveu com os discípulos até voltar para Casa. Encontrei a folha presa na contracapa do livro que as estava segurando para que não voasse. Peço perdão por este erro grosseiro. Aqui está, com um pouco de atraso, a conclusão da história.
Aquele era o momento em que eu desejava que a história não acabasse nunca. A Mãe contava o que o Céu e a Terra sabiam de cor, mas com um sabor diferente… e todos queriam experimentar também.
– Foi memorável o último dia em que Yeshua esteve conosco na Terra. Senti que toda a promessa era concretizada. Ele definitivamente nos unia ao Céu. Para mim foi uma experiência diferente da dos meninos. Acredito que além de comunitária, cada um teve uma experiência pessoal também. Lembrei de quando Gabriel me visitou e anunciou que Abba queria que eu fosse a mãe de Seu Filho; quando precisei contar a José tudo o que tinha acontecido. Lembrei de Belém, da manjedoura e de como Abba providenciou tudo e como José cuidou dos mínimos detalhes, não nos faltou nada naquele dia. Lembrei de quando fugimos para o deserto, sempre guiados pelo Amor. Enfim, este foi o dia em que Ele voltou para casa.
Ela olhou para mim com ternura e disse:
– Sei que vocês estavam esperando por Seu retorno tanto quanto desejávamos que Ele permanecesse conosco. Mas não ficaríamos sozinhos por muito tempo…
A Mãe ficou em pé, juntos as mãos e se inclinou. Parecíamos crianças ansiosas pelo final da história. Há quanto tempo estávamos escutando? Não sei, não importava mesmo. Aqui é o Kairós e nada mais.
– Era domingo. Estávamos todos juntos. Começamos bem cedo a rezar. Depois do retorno de Yeshua para Abba, parecia que a chama da esperança estava menor. Voltaram a sentir aquele medo que havia passado no dia de Páscoa com a visita de meu Filho. Eu tinha certeza de que Ruah estava a caminho e, assim como depois da anunciação fui ao encontro de Isabel, os meninos sairiam em auxílio daqueles que precisam de consolo. Entretanto as portas permaneciam fechadas. Os meninos ainda temiam a perseguição dos judeus.
Ela abriu os braços, sorriu mais uma vez e continuou:
– Diferente de quando veio sobre mim, Ruah fez barulho quando chegou. Todos que estavam lá perceberam sua presença. Ele veio sobre nós como fogo. À medida em que os dons começavam a se manifestar entre eles, eu percebia o retorno da esperança e a alegria em seus rostos. As portas se abriram e eles começaram a sair e anunciar. Pedro pregou, muitos se converteram e foram contagiados. Os meninos começaram a partir para onde Ruah os enviava. São tantas histórias depois destes acontecimentos. Mas vou deixar os meninos contarem depois…
FIM
Por Maria Angélica