Após uma Audiência privada com o Papa Francisco, o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o cardeal Marcello Semeraro, promulgou na manhã desta quinta-feira, 14 de março, decretos relativos a dezenove novos beatos e sete novos veneráveis.
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A seguir, conheça os novos beatos e veneráveis:
Novos beatos: intercessores de milagres e mártires pela fé
A Igreja reconheceu os milagres pela intercessão dos novos beatos: Venerável Servo de Deus Estêvão Douayhy, Patriarca de Antioquia dos Maronitas (Líbano); Venerável Servo de Deus José Torres Padilla, sacerdote diocesano, Cofundador da Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz(Espanha); Venerável Servo de Deus Camilo Costa de Beauregard, sacerdote diocesano francês (1841-1910), denominado “pai dos órfãos” por ter fundado o orfanato Le Bocage, em Chambery;
Além disso, segundo o documento divulgado pelo Dicastério, entre os beatos, dezesseis foram mártires pelo ódio contra a fé durante as ditaduras do Nazismo e Comunismo.
Um deles foi Max Josef Metzger, sacerdote diocesano alemão que expressou o desejo de dar o dom da vida em favor da vontade de Deus. Ele foi fundador do Instituto Secular Societas Christi Regis. Max Josef foi morto por ódio à fé em 17 de abril de 1944 em Brandemburgo-Görden (Alemanha), vítima do nazismo.
As Servas de Deus Christophora Klomfass e 14 Companheiras, também foram mártires pela fé. Dentro do período de 11 meses, elas foram assassinadas por soldados soviéticos, violentadas, torturadas ou mortas por causa da fome, sofreram maus-tratos e contraíram doenças nos campos de concentração na Rússia.
Além disso, seus torturadores cortavam e rasgavam suas vestes religiosas com frequência, como sinal de desprezo feroz pela religião cristã.
Sacerdote brasileiro é novo venerável da Igreja
Nesta quinta-feira, a Igreja também reconheceu as virtudes heroicas de sete novos veneráveis, entre eles, um é sacerdote brasileiro. Libério Rodrigues Moreira foi um sacerdote diocesano; nascido em 30 de junho de 1884 em Lagoa Santa (Brasil) e falecido em Divinópolis (Brasil) em 21 de dezembro de 1980.
Em sua biografia, destacam-se seu trabalho com os pobres, o amor a Eucaristia e a confiança em Deus diante dos seus desafios.
Biografia do Venerável Libério Rodrigues Moreira
O Venerável era um sacerdote simples, humilde, pobre e viveu a sua vida gastando-se unicamente para o Senhor e para o próximo, dedicando-se de modo especial aos doentes e aos pobres a quem ajudava material e espiritualmente. As comunidades cristãs que o tinham como pastor o consideravam um autêntico homem de Deus e os Superiores, conscientes de suas excelentes habilidades pastorais, atribuíam-lhe o cuidado de várias comunidades paroquiais ao mesmo tempo. Ele sempre foi obediente aos seus bispos e disposto a ir onde quer que fosse convidado. Dotado de uma profunda espiritualidade, soube transmitir a fé com simplicidade ao povo. Os traços característicos do seu apostolado são marcados por uma intensa vida de oração, um estilo de simplicidade, pobreza, mansidão e uma grande aptidão para aconselhar e orientar espiritualmente as pessoas.
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Outros veneráveis
Além do Venerável Libério Rodrigues, foram promulgados decretos reconhecendo as virtudes heroicas de:
- Geervaghese Thomas Panickaruveetil Mar Ivanios, arcebispo de Trivandrum dos Siro-malabares, fundador em 1919 das Congregações da Ordem da Imitação de Cristo Bethany Ashram e das Irmãs da Imitação de Cristo Bethany Madhom, um pioneiro do ecumenismo na Índia e primeiro bispo da Igreja Católica Siro-Malankar.
- leigo professo Antonio Tomičić, croata da ordem dos Frades Menores Capuchinhos que nos anos do comunismo, ao usar sinais religiosos em público era vítima de zombaria e hostilidade, mas nunca tirou o hábito, sofrendo insultos publicamente e perseverando, com firme confiança no Senhor, na sua tarefa de mendigar pelas necessidades dos irmãos;
- Leiga e mãe de família Maddalena Frescobaldi Capponi, fundadora da Congregação das Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz;
- Maria Alfinda Hawthorne, fundadora das Irmãs Dominicanas de Santa Rosa de Lima, nascida em meados do século XIX numa família protestante, em Massachusetts, e que se tornou católica na Europa junto com o marido, de quem se separou por alcoolismo, dedicando-se ao serviço de Cristo doentes de câncer;
- Angelina Pirini, líder leiga da Ação Católica paroquial de Celle di Sala di Cesenatico, em Emilia Romagna, falecida em 1940; e por fim,
- Elisabetta Jacobucci, religiosa professa do Instituto das Terciárias Franciscanas Alcantarinas, que viveu entre os séculos XIX e XX: sempre disponível para aceitar as tarefas mais humildes, soube aliar o aspecto ascético da contemplação da Paixão a um intenso apostolado caritativo em benefício dos órfãos e dos idosos.
Com informações do Vatican News e Dicastério para Causa dos Santos.