“Sou Andressa, tenho 17 anos, faço Ensino Médio e desde pequena participei da Igreja, por causa dos meus pais que são Católicos. Fiz minha primeira comunhão. E quando eu estava perto de me crismar recebi um convite de uma amiga, muito cara para mim, para participar do 180 graus, um evento para jovens realizado pela Comunidade Católica Shalom. Convite esse que foi reforçado por um missionário da Comunidade quando eu estava no encontro semanal da crisma.
De início não dei muita importância, e disse que ia falar com os meus pais e que ia tentar conseguir o dinheiro, só para minha amiga me deixar em paz. Mas ela quase todos os dias ficava me perguntando sobre minha ida e falando que seria muito bom, que teria muitos jovens. Até que eu resolvi ir: já estava curiosa para saber o que tinha de tão bom nesse evento; consegui o dinheiro e fiz minha inscrição.
Era eu uma jovem que buscava em muitas coisas a felicidade: no amor dos meus pais, nas pessoas, nas minhas amizades, nos meus bens, nas redes sociais… Isso me trazia alguma felicidade sim, mas o meu coração tinha sede por mais, apesar de não perceber isso. E mesmo acreditando em Deus, eu o via como um Deus longe, distante. Que tinha dado sua vida por mim, mas que tudo tinha acontecido no passado e que isso não influenciaria em minha vida no presente. Quanto mais eu procurava ser feliz, mais e mais eu me frustrava ao ver que nada disso me preenchia, que nada disso me deixava plenamente feliz. Vivia sem sentido de vida, onde a morte parecia uma boa forma de me livrar de todas as chatices, de todas as responsabilidades e provações da vida. E diante disso meu coração só ia se machucando cada vez mais. Foi assim que o Senhor me encontrou: fui para o 180 graus nos dias 15 à 17 de agosto de 2014; e lá tive minha experiência com Deus, descobri que Ele estava perto de mim e que me amava; me acolhia do jeito que eu estava. “Dentro estavas e fora eu te procurava”, como diz Santo Agostinho.
Descobri que Deus me amava, com um amor constante, eterno, que era exatamente do tamanho do vazio que existia dentro de mim, amor esse que me libertou de todos os vícios, das carências. Deus que tinha me criado por amor e que ansiava por me encontrar e mostrar que vale a pena viver! Porque Ele veio ao mundo para me dar a vida e me tirar da morte. Um Deus que desejava ser meu amigo. Tudo me encantava naquele retiro: as missas, os cantos, o jeito que os jovens sorriam, dançavam, cantavam, louvavam; jovens que eram plenamente felizes, pois estavam ofertando sua vida por nós – os participantes. E cada vez mais eu ia reconhecendo o Senhorio de Cristo na minha vida.
Quando o 180 graus acabou parecia que eu estava vendo o mundo de um jeito diferente, não mais uma visão mergulhada no pessimismo, mas agora uma visão cheia de esperança.
O meu coração desde então arde de gratidão e de vontade de mostrar para todo o mundo esse amor que tudo perdoa e que nos aceita como somos e que a partir da nossa abertura de coração pode muito fazer em nosso favor.
Hoje estou há quase dois anos na obra do Shalom de Parnaíba e participo do grupo de oração Abba Pai. Durante todo esse tempo muitas vezes eu caí, errei, mas em todas as quedas lá estava o fiel Senhor. Uma das minhas maiores alegrias hoje é ter meus pais também na obra, após terem feito um Seminário de Vida para casais no ano passado.
Só queria partilhar o que Deus fez na minha vida, e na minha família. SHALOM!”