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Desde a minha adolescência eu sentia um desejo de ser missionário

Aquela forma de amar a Deus, apaixonadamente, radicalmente, sem nada reter, inflamava o meu coração.

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Eu sou Eduardo, filho de Deus, consagrado na Comunidade de Aliança. Um jovem feliz. Verdadeiramente feliz!

Sou de família católica e sempre ouvi falar de Deus. Desde minha adolescência sentia um desejo – até então inexplicável – de ser missionário e de ir por aí, neste mundo, ajudando as pessoas. Era algo estranho, inusitado, porque eu realmente não sabia o que era aquilo, nem o porquê de sentir esse desejo, essa compaixão.

Quando fiz minha experiência com Deus, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri (2011), comecei a perceber que aquele desejo da adolescência estava mais forte, mais vivo do que nunca. Mesmo assim, não entendia o que era.

Nesse momento eu só sentia um fortíssimo desejo de amar a Deus e não sabia como faria isso – por isso quase entrei em desespero.

Tantas vezes, ao olhar o crucifixo que fica acima da minha cama, chorava muito, porque queria amá-Lo e não sabia como e nem de onde surgia aquele intenso amor por Jesus.

Vocacional Shalom

No ano seguinte, em 2012, na ânsia de descobrir como transformar aquele desejo em atos concretos, Deus me deu a graça de conhecer o Vocacional Shalom na minha cidade, Guarulhos (SP), e ali foi onde tudo começou a ser esclarecido.

Achava tudo muito estranho, o lugar não me atraía, mas a cada pregação, oração e partilha com os irmãos, começava a perceber que existia uma eleição de Deus na minha vida. Quando eu ouvia Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, falando sobre o carisma, quando ouvi pela primeira vez sobre o Amor Esponsal e a vida de oração da Comunidade, então descobri: eu sou Shalom!

Aquela forma de amar a Deus, apaixonadamente, radicalmente, sem nada reter, inflamava o meu coração. Comecei a entender que era exatamente o que eu estava sentindo, como se estivessem me decifrando e aquilo impactou a minha vida e me fez ver que, desde sempre, Deus havia me criado para ser Shalom, para ser um missionário Shalom.

O desejo da adolescência ganhava sentido, a imensa vontade de amar a Deus ganhava forma e eu encontrava, finalmente, um caminho concreto para que aquilo se tornasse real.

A vontade de Deus

No ano de 2015, depois de muito resistir à vontade de Deus (desisti do vocacional no ano de 2012, só retornei ao Shalom em 2014), ingressei na Comunidade de Vida, e fui enviado para a missão do Catete (RJ).

Meu Deus! Não havia vida mais feliz, eu realmente estava realizando um sonho de adolescente: eu estava fazendo a vontade de Deus. Desde que fiz a experiência com o verdadeiro Amor, ardia em meu coração o desejo de sempre e em tudo buscar fazer a vontade de Deus, mesmo com toda a minha fragilidade e inconstância.

E Deus, por me amar muito, se utilizou de uma realidade familiar para me fazer crescer na obediência e no amor à Sua vontade.

Ele me pediu para ir para a Comunidade de Aliança, e na época era a última coisa que eu queria, mas havia no meu coração a certeza de que a felicidade não é outra coisa senão a vontade de Deus.

Sou consagrado

A vontade de Deus é loucura para os que não creem, mas para nós, que somos chamados, é Cristo, sabedoria de Deus.

Hoje, sou consagrado na Comunidade de Aliança com promessas temporárias. Mas Deus – repito – por me amar muito, me pediu outra vez para partir em missão. Isso, realmente, no início do discernimento, não estava nos meus planos.

Deus me deu a graça – quando ingressei na Comunidade de Aliança – de iniciar um namoro (sendo ela discípula da Comunidade). Então, parecia uma loucura partir em missão. Mas é isso mesmo, a vontade de Deus é loucura para os que não creem, mas para nós que somos chamados, é Cristo, sabedoria de Deus.

Certo da voz de Deus que me pedia: ‘Ide, ide, saia daqui…’ (passagem que Ele me deu ao fazer o discernimento) e com o profundo desejo de fazer a Sua vontade, eu pedi à Comunidade para ir em missão.

E com a graça de Deus, no dia de São João Paulo II (22 de outubro), fui em missão para Montevidéu, no Uruguai.

O autêntico amor sempre é radical

Digo sempre: ‘Eu não saberia escolher vida mais feliz que essa’. Descobri, na minha juventude, que a felicidade é uma Pessoa que ama apaixonadamente, que me pede tudo, pois antes, me deu tudo, e não há outra maneira de corresponder a não ser amando-O apaixonadamente, pois Ele ‘não me inspiraria desejos irrealizáveis’ e o autêntico amor sempre é radical.

Termino este testemunho dizendo a frase de um jovem que tenho como um exemplo, que me inspira a cada dia a amar a Deus e aos jovens até a última gota de suor e sangue, Ronaldo Pereira: ‘Para Deus, a vida tem valor quando for perdida em favor de alguém’.

Esse é o meu maior sonho: dar a vida pelos jovens, pela humanidade, por amor a Deus, custe o que custar. Ele me inspirou e me dá, a cada dia, a possibilidade de realizá-lo.

Eis-me aqui Senhor, envia-me!

Que Deus não nos dê descanso enquanto houver uma só pessoa sem conhecer o Seu amor.

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