Oi gente, meu nome é Bruna Ribeiro, tenho 28 anos, sou postulante da Comunidade de Aliança da Comunidade Católica Shalom, Missão de Recife. Vou partilhar com vocês um pouquinho da eleição de Deus na minha vida.
Conheci a Comunidade Shalom no Renascer de 2003, primeiro ano em que era promovido o evento na nossa cidade. Sem conhecer muita coisa, aceitei o convite de minha tia para ir. O acolhimento, alegre e caloroso, na porta do evento já me chamou muita atenção: “o que esses jovens têm de diferente?” Deus havia se decidido por mim e, naqueles dias, já quis me dar as dicas disso através de Deyse, menina baixinha, muito fofa que, por onde me via, falava: “Ei, dá uma passadinha no stand vocacional!”…
O evento passou e, assim como esse, muitos outros vieram ao longo de alguns anos: retiros do grupo de oração, acampamento, fórum, congresso… Em meio a tudo, havia uma clara luta do mundo — que gritava dentro de mim sem querer render-se — e Deus, do outro lado, paciente e amoroso, que não cansava de me atrair. Pelo celular, de um lado, “amigos” que chamavam para boates e as festas mais tops da cidade (“Ah! Essa eu não posso perder…”) e, do outro lado, a pastora do grupo de oração vinha bater na minha porta “coincidentemente”, poucas horas antes do grupo, para jogar conversa fora.
Todas as vezes que eu escolhia o mundo e me afastava do Shalom, eu sabia dentro de mim que, mais cedo ou mais tarde, eu voltaria (não sabia, porém, que esse já era a sementinha da eleição de Deus que falava). Sempre que eu voltava tinha aquela sensação de estar descalça, em casa, a me perguntar: “Porque me afastei mesmo?”
Após muitas lutas, em 2009 ingressei no vocacional. Foi um tempo, principalmente, de amadurecimento na fé, de começar a assumir a eleição de Deus, de me deixar amar e podar. Porém, por medo e imaturidade, não pedi ingresso naquele ano e, fazendo jus ao vaso de argila frágil que sou, me afastei novamente da vontade de Deus. Foi um tempo importante também. Minhas escolhas, cheias de mim mesma, me levaram a experimentar de um vazio que nada saciava. Nunca satisfeita com a profissão, buscava outras (inclusive Medicina: “Quem sabe não me falta ser Médica?!”); não me sentia feliz, faltava algo, continuava vivendo a vida que o mundo dizia ser prazerosa, feliz, linda… Que grande mentira! E eu paguei pra ver: insistia em sair com os velhos amigos para as velhas festas e passei a experimentar da tristeza de me ver ali, sem me sentir mais à vontade, sem conseguir me divertir mais…
Lutei muito contra Deus e sua vontade! Naquele tempo, queria ser igual a todo mundo e me divertir como todo mundo. Achava que Ele não poderia me fazer feliz, que Ele ia roubar minha liberdade… Mas, Deus é incansável, Ele não desistiria de mim.
Eu estudava pro vestibular de medicina e me via naquele automatismo diário cumprindo horários, assistindo aulas, estudando matemática, física, biologia, português… Me sentia um robozinho: muito fazendo e nada sendo. Neste tempo, Nara Jéssica, amiga missionária da Comunidade de Vida, me soltou uma “pérola” em meio a uma carona: “Huum… Sei… Medicina. E depois?” (Narinha, querida, obrigada!)
Deus me deu Cirineu’s nessa caminhada, verdadeiros amigos que foram mão de Deus a me conduzir. Outra amiga, desde meus primeiros passos no Shalom, Isabela (Bela, obrigada! #tamojunto haha), “do nada” me enviou um convite para uma palestra de um psicólogo sobre o “sentido da Vida”. Fui. Dr. Andrei Alves, de João Pessoa, era membro da Comunidade Fraterno Amor e, sem tocar no nome de Deus, falou sobre o tema. A cada slide que ele passava, Deus me falava que eu sabia qual era o caminho. Essa palestra passou uns 3 a 4 dias muito viva em mim: lembrava de cada frase, de cada slide, Deus não cansava de falar…
Até que, por graça de Deus, fui para o Shalom conversar com a secretária vocacional que, mesmo já tendo sido realizado dois encontros naquele ano e passado todos os prazos para ingresso, me acolheu com muita alegria no Vocacional 2013. “Você não sabe o quanto rezei por isso!”, disse-me ela. Naquele ano me decidi por Deus, levantei a minha bandeirinha branca e me rendi a Ele que, eu sei, não desistiria de lutar em meu favor.
Hoje posso dizer que essa foi a melhor escolha da minha vida, escolha que partiu d’Ele, d’Aquele que me ama e me queria assim: PLENAMENTE feliz! Ser toda tua, Jesus, é a minha alegria, é a minha Paz!
Shalom, queridos! Deus abençoe!