Como Jacó, eu travei uma luta com Deus e após uma longa noite fui vencido. Desde muito cedo eu sabia que meu coração pertencia a coisas maiores, sempre desejei viver uma grande aventura e, acho que por isso, sempre fiz escolhas muito intensas. Quando conheci a Deus eu sabia que seria missionário e mais que isso, eu sabia que existia uma missão para mim, de forma especial.
Em 2018 quando fui em missão, Deus dizia que me daria a graça da convicção vocacional, de ser mais amigo dele e de discernir meu estado de vida.
Em meio a muitas dúvidas, em janeiro de 2019, num retiro pessoal que eu tinha a expectativa de que mudaria minha vida em 180 graus, Ele realmente mudou — mas não da forma como imaginei. Ele me dizia que minha realização era ser Aliança, sal e luz no meio do mundo e mais que isso, que minha vida seria causa de escândalo, como muitos esperavam, contudo, não seria um escândalo ruim.
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Ele me falou que eu era um dos jovens daquela bendita profecia, que eu seria um jovem celibatário da Comunidade de Aliança, esse seria o escândalo para o mundo, porém que traria frutos de eternidade.
Me mostrou que o meu desejo missionário e intensidade na vivência da vocação, sempre tão latentes, já eram sinais do Amor Esponsal e do meu celibato.
Eu não nasci para exclusividades, mas para ser inteiro, para o Outro que é Deus e para os outros que são meus irmãos, os jovens, a humanidade!
Foram muitos caminhos até esse amor ser maduro, provado e confirmado. Muitas ofertas, lágrimas, resistências e lutas. Entretanto, maiores foram as graças!
No meu grupo de oração, lá em 2010, minha pastora disse numa pregação que precisamos “dar prioridade de eterno ao que é eterno” e eu nunca esqueci disso. No meu aniversário em 2015, uma irmã muito querida agradeceu pelo meu “ser Shalom”, pois ele fazia ela ser mais Shalom. Eu não entendi bem, mas me alegrei demais por ajudar ela de alguma forma.
Hoje, eu entendo, já era Deus me mostrando que ser Shalom, lutar pela santidade, ser celibatário, não é em vista de mim, mas pelos outros. Para, assim, ser combustível e canal da graça, não por mérito, mas porque Ele escolhe os fracos para confundir os fortes.
Pode soar clichê, porém Jesus é meu amigo e eu sou imensamente feliz por poder entregar a minha vida para que Ele seja mais amado, conhecido e adorado. Para que jovens que, assim como eu, já foram considerados casos perdidos, reencontrem a esperança.
Confiem no que Deus promete, ainda que demore. E tenham fé, se até agora deu certo para mim, que sou doido, imagine para vocês, não é?!
Vinícius Pereira
Consagrado da Comunidade de Aliança e Celibatário pelo Reino dos Céus