Serviremos ao Senhor… Ele é o nosso Deus: Josué desempenha uma missão fundamental na construção do povo de Israel, é o braço direito de Moisés. Ele recebe a herança de Moisés para conduzir o povo à terra prometida. Josué fala para o povo recordando o caminho
já percorrido e as decisões que ele deve tomar. Não força, não obriga, mas leva-os a decidirem-se, custe o que custar. Por isso diz: “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei a quem quereis servir, a Deus ou aos deuses. ” O povo se encontrava circundado pelos deuses e sentia toda a dificuldade de abandonar uma religião fácil para assumir a verdadeira religião e voltar ao Deus vivo e verdadeiro. Mas Josué também anuncia que ele fez a sua escolha com toda a sua família: “Quanto a mim e a minha família, serviremos o Senhor! Esta escolha coloca o povo em conflito consigo mesmo, mas resolve. O povo, diante da coragem de Josué decide também se colocar ao lado de Deus. O que muitas vezes falta hoje é a coragem dos “profetas de Deus”, dos sacerdotes de Deus, dos evangelizadores, dos que são colocados à frente para guiar o povo. É reconhecer tudo o que Deus tem feito por nós e assumir que o Senhor é o Senhor! ”
Provai e vede
O salmista, tendo experimentado na sua vida a bondade de Deus, não pode conter a sua alegria e proclama tudo isto aos seus amigos e conhecidos: Deus é maravilhoso, Ele é bom. Mas por que Deus é bom? Porque Ele libertou-os de todos os males, perigos, de enfermidades, dificuldades da vida. Mesmo que muitos males se abatam sobre os justos, Deus sempre vem em socorro dos pobres e dos humildes. Deus é conforto, ajuda a todos os que sofrem.
No amor não há meias-medidas
Cristo escolhe a Igreja como esposa: Paulo sabe que os seus destinatários, os efésios, têm certa dificuldade de compreender as coisas de Deus. Como ajudá-los a compreender o amor infinito de Cristo para sua Igreja? O apóstolo recorre ao matrimônio através de uma pequena tradição de moral matrimonial, que continua a ser válida até hoje e o será sempre, porque apresenta o amor como entrega total
de um ao outro sem nenhuma diferença. O homem é chamado a se doar totalmente a sua esposa e a esposa a se dar sem reserva ao seu marido. Paulo afirma que o marido é cabeça da mulher no sentido não de poder ou de opressão, mas sim pelos cuidados amorosos.
Cristo, cabeça da Igreja, deve tratar a Igreja seu corpo, com amor e dedicação. A Igreja retribui ao amor que recebe de Cristo com profunda gratidão. Assim como: duas pequenas palavras que têm um grande sentido porque nos projetam no amor infinito que interage entre a Igreja e Cristo e entre o nosso amor e o amor de Jesus. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei! ” Se a mulher deve ser humilde, acolher a vontade do marido, o marido por sua vez não é chamado a ser ditador ou arrogante, mas deve amar a sua esposa com infinita ternura, semelhante ao amor de Cristo pela sua Igreja. O amor que Paulo apresenta no relacionamento marido e mulher é como o amor de Cristo pela Igreja: “ama, trata, cuida dela”. Nada de mais belo, grande é o mistério do amor, mas deve ser vivido com toda radicalidade se queremos estar com Cristo. No amor não há meias-medidas, ou é amor ou é a farsa de amor.
Onde buscaremos o amor?
O evangelista João continua a sua caminhada através do relato do sexto capítulo do seu Evangelho, que nos fala da beleza da Eucaristia e da dificuldade que temos em aceitar o corpo e o sangue de Cristo como caminho para sermos cristifcados. Jesus exige a fé, a entrega, a adesão plena à sua Palavra. Não importa que o discurso seja duro ou incompreensível, o que devemos fazer é decidir-nos: com Cristo ou com o anticristo. Mas quem é o anticristo? O anticristo é um conjunto de ideias, mentalidades, pessoas e pensamentos que caminham na contramão do Evangelho, que são contra a verdade e a vida. O anticristo pode ser muito bem uma mentalidade filosófica ou a internet ou um vídeo ou uma conversa que nos afasta de Deus. Cabe a nós saber distinguir o que nos une a Cristo e o que nos afasta dele. Jesus nos coloca uma pergunta, a qual não podemos deixar sem resposta: as minhas palavras vos escandalizam? Diante do anúncio de Jesus, muitos voltam atrás, preferem uma religião “que não incomoda, mas que se acomoda” aos nossos caprichos e desejos. O grande risco é diluir a fé para agradar e justificar os erros dos outros. Diante da dureza e verdade das palavras de Jesus não nos resta senão o desabafo de Simão Pedro: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. ”