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Escritora explica diferença entre o processo criativo de obras literárias e de cunho formativo

A seguir, a autora, responsável pela coluna Bendita Leitura do comshalom, explica a diferença entre o processo de concepção de suas obras.

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Foto: Pexels

Ana Paula Gomes é formada em Direito e atualmente faz especialização em Escrita Literária. Consagrada na Comunidade de Vida Shalom, a missionária usa o dom da escrita para evangelizar. Nos últimos dois anos, ela publicou, pela Edições Shalom, obras de caráter formativo (Como Perdoar e Como Evangelizar no Poder do Espírito) e literário (Tempo de Paz). A seguir, a autora, responsável pela coluna Bendita Leitura do comshalom, explica a diferença entre o processo de concepção de suas obras.

A escrita literária e o conteúdo formativo

As duas escritas precisam de um bom conhecimento da língua na qual se está escrevendo e tempo de pesquisa sobre o tema escolhido, porém, o conteúdo formativo possui linguagem, abordagem e metodologia completamente diferentes da escrita literária. O conteúdo formativo é mais “seco”, requer uma formalidade e o uso de linguagem específica. Geralmente, tem uma forma padronizada e visa alcançar um objetivo específico, para um público específico.

A narrativa literária requer ir além da forma. Há as famosas “licenças poéticas”, que são uma forma de dizer que, ao autor de escrita literária, tudo é permitido, inclusive, utilizar a gramática da forma que ele bem entender. Quando um autor escreve literatura, que é uma forma de arte, não pode ter a intenção de produzir este ou aquele sentimento no leitor, pois cada um receberá sua história de um ponto de vista diferente.

Por exemplo, ao escrever uma poesia sobre a amizade, determinado leitor pode interpretar que o autor falava sobre esperança ou outro tema. A escrita literária também possui suas técnicas e pode ser aprimorada, entretanto, não é como um texto acadêmico, pois não é objetiva ou tem uma fórmula específica ou até uma lógica temporal e narrativa, porque é, sobretudo, arte, portanto, é completamente subjetiva.

A missão de evangelizar através dos livros

Percebo a evangelização através dos livros como uma missão. Sempre gostei de ler e lembro que escrevia alguma coisa na infância, gostava de fazer histórias em quadrinhos. Já na adolescência, escrevi alguns poemas que se perderam junto com uma conta de e-mail antiga. Entretanto, descobri a escrita como essa via de transmissão do bem, da verdade e da beleza, durante a minha oração pessoal, em 2015.

Certo dia, na manhã de oração, pedi a Deus que me mostrasse uma forma de evangelizar os jovens de uma maneira diferente. De repente, a história do Tempo de Paz veio inteira na minha cabeça, pelo menos o começo, o fim e o lance sobre o tempo, de Eclesiastes, capítulo 3. A forma como os fatos foram acontecendo fui desenvolvendo na escrita, gastando tempo em frente ao computador, mas a inspiração veio de Deus naquela manhã, com certeza.

Quando as pessoas me mandam mensagens pelas redes sociais ou vêm falar pessoalmente comigo, dizendo que a história mexeu com elas e as fez ter uma grande experiência com a providência divina, fico feliz por ter sido canal dessa graça, sabendo que todo dom vem de Deus e por Ele frutifica.

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