Contemplar. Quando observamos atentamente algo ou alguém, tendemos a aproximação e uma empatia característica. São Francisco admirava a natureza e assim contemplava a Deus, Terezinha amava nas pequenas coisas e já em vida, contemplava o céu. E nós, o que contemplamos?
O espelho, tão característico do autorreferencialismo, vem sendo o melhor amigo da nossa sociedade, que atualmente anseia por likes, seguidores e compartilhamentos. O olhar para si mesmo, gera uma contemplação própria, e como bem sabemos das nossas fraquezas, vamos nos perdendo na verdade da nossa humanidade. Ansiando por amor e uma aceitação incondicional, olhamos para o espelho querendo enxergar como o outro nos nota e esquecemos de fazer o contrário, contemplar o outro.
Não é só você
Movidos por uma enganação pessoal, vamos maquiando a nossa alma, fazendo de tudo para parecermos bem, alegres e interessantes. O narcisismo gera tristeza ao coração e a infelicidade nos atinge por não correspondermos aos padrões impostos, muitas vezes, por nós mesmos.
Vamos mudar tudo! Quebrar esse espelho de vez, amar, cuidar e contemplar quem está ao nosso redor e assim aproximar-nos de Deus. Se temos problemas, vamos enfrentar juntos galera. Parte da infeliz autorreferencialidade é justamente a tristeza de se fazer e sentir só.
Rir de si mesmo
“Se quiserem olhar para o espelho, olhem para rir de si mesmos. Saber rir de si mesmo, isso nos dá alegria”. O Papa Francisco nos dá uma preciosa dica, a de não “nos levarmos tão a sério”. O despojamento e a simplicidade de coração podem ser abraçados com tempo, mas isso demanda esforço e um sair de si. Ria, releve e prossiga.
Novo tempo. Obra nova.